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Índice desta página:
Nota: Cada seção contém Comentário, Leituras, Homilia do Diácono José da Cruz e Homilias e Comentário Exegético (Estudo Bíblico) extraído do site Presbíteros.com

. Evangelho de 13/03/2011 - 1º Domingo da Quaresma
. Evangelho de 06/03/2011 - 9º Domingo do Tempo Comum


Acostume-se a ler a Bíblia! Pegue-a agora para ver os trechos citados. Se você não sabe interpretar os livros, capítulos e versículos, acesse a página "A BÍBLIA COMENTADA" no menu ao lado.

Aqui nesta página, você pode ver as Leituras da Liturgia dos Domingos, colocando o cursor sobre os textos em azul. A Liturgia Diária está na página EVANGELHO DO DIA no menu ao lado.
BOA LEITURA! FIQUE COM DEUS!

13.03.2011
1º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A
__ "PROPOSTA DE DEUS, RESPOSTA DO HOMEM" __

Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! Neste primeiro domingo é proposta uma reflexão fundamental sobre o destino do homem. É uma meditação religiosa, uma vez que põe em causa o justo relacionamento com Deus, libertando-o de suas concepções errôneas. - O homem é escravo de forças naturais ou históricas; sua presença no mundo é o fruto de um acaso que lhe pregou uma peça breve e cruel, dando-lhe ilusão de felicidade e abandonando-o ao poder da morte. - O home é árbitro absoluto de seu destino, senhor do bem e do mal, dominador das forças cósmicas, único protagonista da história.

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)


PRIMEIRA LEITURA (Gn 2, 7-9 ; 3, 1-7): - "Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais."

SALMO RESPONSORIAL (50/51): - "Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós!"

SEGUNDA LEITURA (Rm 5, 12-19): - "Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos."

EVANGELHO (Mt 4, 1-11): - "Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás."



Homilia do Diácono José da Cruz – 1º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A

"NO ACONCHEGO DO DESERTO"

Neste primeiro domingo da quaresma, Deus nos chama ao deserto com Jesus, para uma conversa de pé de ouvido, a liturgia se reveste de roxo, que é a cor da paixão, não é tristeza, luto e desconsolo, como muitos pensam, é como se Deus, o amado de nossa vida, quisesse que ao longo de quarenta dias, prestássemos mais atenção nele, no seu jeito diferente de nos amar, roxo seria isso: um olhar para dentro, enquanto se olha para o céu, podendo evocar o poeta “De tudo ao meu amor serei atento...”, quaresma é tempo de deixar-se remodelar, permitindo que Deus refaça a nossa vida.

Quando presido o Sacramento do matrimonio percebo que os casais têm dificuldade de se olhar nos olhos, na hora do consentimento, e não é só com quem está casando que isso acontece, um amigo confidenciou-me que sentiu um certo “desconforto” ao olhar nos olhos da esposa, na renovação do matrimonio, em uma missa de encontro de casais. Olhar nos olhos nos causa medo, porque é enigmático e misterioso, não se tem medo de olhar o corpo, que se torna fácilmente objeto de desejo, em uma sociedade tão erotizada, mas quando se olha nos olhos, estamos diante da alma do outro, há comunhão de corpo mas não há comunhão de alma. A relação entre namorados, noivos, e até entre marido e mulher, fica na maioria das vezes banalizada, alguns conseguem emigrar do erótico para o Eros, e há outros, que na graça de Deus, confiada pelo Sacramento do matrimonio, conseguem chegar no Ágape, que é o amor em toda sua plenitude, o Eros é o meio, e não o fim, é um caminho que tem de ser percorrido do começo ao fim da vida conjugal e que só será obstruído pela morte.

Nossa relação com Deus ás vezes também é assim, um tanto quanto banal, pois temos medo de contemplar o seu mistério. Na capela do Santíssimo, lugar sagrado em nossas comunidades, onde Aquele que é o Amor Absoluto se esconde em um pedaço de pão, sentimo-nos embaraçados e procuramos sempre dizer algo, fazer um pedido, recitar uma fórmula de louvor e adoração, daí somos capazes de ficar horas ali falando , porque este “Falar” nos dá a ilusão de que penetramos no mistério de Deus e podemos dominá-lo. Invertemos o jogo e queremos seduzir a Deus, diferente do profeta, relutamos em ser por ele seduzidos e dominados.

Deserto é lugar teológico do “namoro”, onde movidos pelo mesmo Espírito que conduziu Jesus, vamos ter nosso encontro pessoal com Deus, o esposo apaixonado que quer olhar nos nossos olhos, sussurrar em nossos ouvidos e nos envolver com a sua ternura, para sentirmos de novo o encanto do primeiro amor, como na visão do profeta Oséias “Eis que eu mesmo a seduzirei e a conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração”. Deserto é lugar de fazer a experiência da esposa jovem, que manifesta a sua alegria ao colocar toda sua confiança no amado, e descobrir, como no Cântico dos cânticos, que somente Deus é a sua Segurança – “Quem é esta que sobe do deserto apoiada em seu Amado?”
É o Povo da antiga aliança, é o povo da nova aliança, é a Santa Igreja, somos eu e você, a razão do amor divino, que nos trouxe, com a encarnação de Jesus, a possibilidade real de experimentarmos em nossa vida a salvação. Deserto é, portanto lugar do encontro onde o amor se revela, é a mesma experiência do povo do Êxodo, que se repete em Jesus Cristo, porém, ao contrário do povo da antiga aliança, não mais se deixará enganar pela tentação, propostas sedutoras dos amantes, para fazê-lo perder o paraíso de delícias, onde o homem convivia com os animais selvagens, servido pelos anjos de Deus, evocando a proteção Divina do Eterno Amado sob o objeto do seu amor.

Revistamo-nos do roxo da paixão e não da tristeza, quaresma é dar um tempo para aquelas coisas que em nossa vida são secundárias, para nos ocuparmos com um Deus apaixonado, que suspira quando vamos ao seu encontro enquanto Igreja, na dimensão celebrativa. Quaresma é quarenta dias de amor, como um casal que retoma a lua de mel, após longa caminhada na vida conjugal, foi no deserto que Deus celebrou a aliança com seu povo, estabelecendo com ele uma relação única, “Eu serei o seu Deus e vós sereis o meu povo”, evocando o cerne da união conjugal – e os dois serão uma só carne.

É esse amor que salvará o mundo, verdade ignorada pelos que prenderam João Batista tentando sufocar um Amor que não se deixa aprisionar, e em Jesus irrompe ainda mais forte, no meio da humanidade, para levar o homem de volta ao paraíso! Nada irá deter a força desse amor, nem a miséria dos homens ou os pecados da igreja, o AMOR triunfará definitivamente! Pois o tempo se completou, o Reino está próximo. Converter e crer no evangelho, é uma forma contínua de corresponder a esse amor misterioso de Deus que em Jesus busca a todos os homens, sem distinção ou acepção de qualquer pessoa. Converter-se é dar um solene “basta” aos falsos amores de “amantes” mentirosos, que nos enganam, oferecendo-nos um falso paraíso, arrastando-nos à tristeza da morte do pecado, deixando-nos longe...bem longe Daquele que é o nosso único e verdadeiro Amor...(1º Domingo da quaresma)

José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com


Homilia do Padre Françoá Rodrigues Costa – 1º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A

Somos pessoas normais!

Essa afirmação poderia chamar a nossa atenção se não conhecêssemos a natureza humana, não somente através da bondade que ela manifesta constantemente, mas também por causa das dificuldades que a velha natureza encontra desde que Adão e Eva aprontaram, ou seja, pecaram. Antes o homem e a mulher estavam cheios de graça, a sua inteligência conhecia com rapidez e a sua vontade não encontrava dificuldade para amar, a sua memória era ágil, as suas forças permaneciam firmes diante do trabalho cotidiano e se vivia em grande harmonia com toda a criação. Eram pessoas normais!

No entanto, na situação atual, podemos afirmar tranquilamente: também nós somos pessoas normais! Isso significa que em nós há coisas boas e coisas más. Não nos deveriam surpreender demasiado nem as coisas boas, porque são graças de Deus; nem as más, porque são consequentes como uma natureza que, a partir, do pecado, tem aquilo que a tradição chama de vulnera peccati, ou seja, as feridas do pecado. Em efeito, depois do pecado, o ser humano perdeu a maravilhosa harmonia que existia no seu próprio ser e, consequentemente, também perdeu a harmonia que experimentava junto à natureza biológica e animal. Também o mundo que antes lhe era favorável, depois do pecado se lhe manifestava como hostil.

Pobre de nós se não reconhecermos que somos pecadores! Mais pobres ainda se não reconhecermos que a graça de Deus nos atingiu, nos curou e nos santificou! “O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição de homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.” (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2011).

Consequência prática: é preciso lutar! É preciso fazer guerra! É preciso ser fortes na batalha! Sou um sacerdote de Jesus Cristo consciente da necessidade da graça de Deus como qualquer outro cristão; no entanto, não posso pregar uma santidade sem luta: utópica, fora da realidade. Em definitiva, santidade sem luta é um quimera! Não existe santo que não tenha lutado! Já o justo Jó era consciente de que “a vida do homem sobre a terra é uma luta” (Jó 7,1). A paz que se deseja não se consegue se não for através da guerra, através da derrota do inimigo. Qual o inimigo? Na verdade, são vários: há inimigos internos que causam desordem nos desejos e nos amores: soberba, avareza, luxúria e gula; há inimigos internos que causam desordem no nosso ânimo: inveja, ira, preguiça. Há ainda os inimigos externos: o demônio, pessoas que são tentadoras, algumas estruturas sociais injustas etc. Se o cristão não luta, é vencido.

Diante dessa realidade dramática, poder-se-ia assumir posturas que não condizem com aquilo que nós somos, isto é, filhos de Deus. Uma delas é uma espécie de naturalismo, que tem duas versões. Na primeira versão, luta-se somente com as próprias forças, com a vazia confiança de que se poderá vencer dessa maneira. A outra versão implicaria uma ausência de luta contra as más inclinações, simplesmente porque essas inclinações seriam concebidas como naturais ao homem e, no fundo, ele nem tem culpa das coisas que faz. Outra postura, diferente do naturalismo, é o pessimismo: luta-se, confia-se na graça de Deus, mas no fundo como se sabe que se cairá se desiste e se conforma com uma vida triste e aburguesada. Outra ainda, o rigorismo: tudo parece pecado e, por tanto, quase seria preferível fugir desse mundo, pois este se torna totalmente hostil e tudo se transforma em pecado, dessa atitude podem vir angústias, depressões e ansiedades.

A maneira de combater de um filho de Deus é equilibrada: confia, em primeiro lugar, na graça de Deus e, depois, coloca todos os meios que está ao seu alcance para conseguir a vitória: oração, sacramentos, fuga das ocasiões de pecado, cultivo do espírito de penitência, uma dimensão de serviço que ajuda a descomplicar-se. Além do mais, o filho de Deus luta com serenidade: caso haja alguma caída, se levanta rapidamente a través da contrição e da confissão, e continua lutando. Jesus saiu vitorioso das tentações. Ele não tinha as feridas do pecado porque não tinha pecado, mas foi tentado para vencer por nós. Nele nós somos vencedores. Já! Agora!

Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa


Doutrina e Apologética

Caríssimos Irmãos e Irmãs,

O site Presbíteros não publicou nesta semana o Comentário Exegético, portanto, transcrevo abaixo mais um texto de Doutrina da Santa Igreja, extraído do mesmo site, bastante interessante para Grupos de Estudo Bíblico.

Vejam também a página Roteiro Homilético para um maior entendimento da liturgia deste domingo. ATENÇÃO: a página Roteiro Homilético fica no site apenas durante esta semana; não guardamos arquivo dela, portanto, se desejarem guardá-la devem salvar a página ou imprimí-la.

Desejo a todos uma Santa e Feliz Semana, na Graça de Deus Pai.

Dermeval Neves
Webmaster - NPDBRASIL

O mistério dos anjos: quem são eles?

Pe. Françoá Costa

Ao colocar a palavra “anjos” num buscador de internet, é incrível a quantidade de informação que aparece, muitas contaminadas por doutrinas esotéricas. No entanto, é ainda mais curioso quando se busca imagens de anjos: seres fofinhos, bebezinhos; por vezes, afeminados, com bochechinhas vermelhas, asinhas simpáticas etc. Muitos artigos sobre os anjos estão, sem dúvida, contaminadas por doutrinas esotéricas. Inclusive, é possível encontrar um anjo específico para cada dia da semana, entre outras coisas absurdas. No entanto, é preciso dizer que também se encontra muita coisa boa.

Os anjos não são reencarnações, não são homens ou mulheres com asas, não são lugares nos quais se sente a presença de Deus, não são gnomos nem duendes, não são uma espécie de energia, nem tampouco uma fumaça branca. Um dos artigos bons que encontrei em internet foi o de P. B. Celestino que, em relação a isso, dizia: “a humanidade no seu conjunto pa rece obedecer a uma espécie de “lei do bêbado”: depois de uma queda para a direita, procura compen sá-la inclinando-se para a esquerda, e acaba caindo nessa direção. Assim, às épocas de racionalismo exacerbado e míope, seguem-se outras em que proliferam as mais tresloucadas fantasias e crendices, e a doutrina sobre os anjos é das que mais facilmente se prestam a essas deformações. O nosso tempo inclui -se entre as segundas, a julgar pelo número de “caricaturas” deformadas desses seres não-humanos ― sob a forma de duendes, gnomos, espíritos “desen carnados”, deidades e extraterrestres ― que se mistu ram inextricavelmente nas estantes das livrarias e lo jas de bibelôs, bem como nas cabeças de alguns…”

O calendário litúrgico da Igreja Católica celebra duas festas angélicas, no dia 29 de setembro, a festa dos três arcanjos – S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael – e, no dia 2 de outubro, os anjos da guarda. Quem são eles?

Talvez o Concílio da Igreja que mais se dedicou a explicar a doutrina sobre os anjos foi o Concilio de Latrão IV, no ano 1215. Nele se afirmou, num contexto de profissão da fé, que os anjos foram criados por Deus desde o inicio do tempo, também os demônios. No caso dos demônios, o Concilio nos diz que foram anjos criados bons, mas que depois se fizeram maus. Logicamente, houve pronunciamentos magisteriais sobre os anjos antes dessa data, por exemplo, o Papa Zacarias, no ano 745, rejeitou os vários nomes dos anjos, ficando somente com os de Miguel, Gabriel e Rafael porque a Sagrada Escritura só fala desses três. O Concilio de Aix-la-Chapelle, no ano 789, fez a mesma coisa.

O que nos diz a Bíblia sobre os anjos? Bastante. Os dicionários bíblicos dedicam a esse tema varias páginas. Em resumo: anjo vem da palavra grega angelos, que serviu para traduzir a palavra hebraica mal’ak, que – de maneira geral – significa “mensageiro”. Eles são filhos de Deus (Jó 1,6; 2,1), são protetores dos homens (Sl 90,11), moram nos céus (Mt 28,2), são de natureza espiritual (1 Re 22,19-21; Dn 3,86; Hb 1,14). Há anjos bons e anjos maus (Zc 3,1). Existem serafins (Is 6), querubins (Gn 3,24; Ex 25,22; Ez 10,1-20), tronos, dominações, potestades e principados (Cl 1,16), virtudes (Ef 1,21), arcanjos (1 Ts 4,15-16; Judas 9), anjos que cuidam dos indivíduos (Tb 5; Sl 90,11; Dn 3,49s; Mt 18,10). Nos Evangelhos também se lê que eles contemplam o rosto de Deus (Mt 22,30; 18,10) e se alegram pela conversão daqueles que estavam afastados de Deus (Lc 15,10), dizem ainda que eles levaram o corpo de Lázaro ao seio de Abraão (Lc 16,22).

Como se pode ver, as afirmações do Magistério da Igreja estão solidamente apoiadas pela Tradição Escriturística. Com relação aos três arcanjos, acontece a mesma coisa. Gabriel que significa “Deus é força” aparece em Dn 8,16; 9,21; Lc 1,19.26; Miguel que significa “Quem como Deus?” aparece em Dn 10,13.22; 12,1; Jud 9; Ap 12,7; São Miguel é o padroeiro de toda a Igreja; Rafael – “Deus cura” – aparece em Tb 3,25. A distinção mais divulgada de uma hierarquia entre os anjos aparece no livro De coelesti hierarquia – Sobre a hierarquia celeste – atribuído a Dionísio, o Areopagita, entre os séculos IV e V. Nessa obra, os anjos são distribuídos em três ordens, cada ordem formado por três coros, num total de nove coros angélicos: serafins, querubins e tronos fazem parte da primeira hierarquia; dominações, virtudes e potestades, formam a segunda hierarquia dos anjos; os principados, os arcanjos e os anjos estariam na terceira. Todos esses anjos têm – como resume o teólogo francês J. Daniélou – duas funções: louvar a Trindade Santíssima e guardar e defender tudo o que é de Deus.

O Catecismo da Igreja Católica diz que os anjos são criaturas pessoais, ou seja, dotadas de inteligência e vontade; são, ademais, imortais por serem puramente espirituais e superam em perfeição as criaturas visíveis (Cat. 330).

A perfeição dos anjos não permite, no entanto, que eles penetrem nas nossas consciências; temos que manifestar-lhes as nossas necessidades, mas basta falar com eles mentalmente e eles nos entenderão. O fato dos anjos serem pessoas (angélicas) nos faz ver que são capazes de relações de amizade e de fraternidade com as pessoas humanas. Os santos anjos são nossos amigos. Como seria bom se cultivássemos essa amizade frequentemente, conversando com eles, pedindo a sua proteção e agradecendo os seus favores. Nessas angélicas relações amistosas, o nosso anjo da guarda ocupa o primeiro posto, é o anjo que mais deveria ser tratado por nós.

A devoção aos anjos não contradiz a centralidade de Cristo, único Senhor.

Todos os anjos estão ao serviço de Jesus Cristo e é uma honra para eles servir a Cristo e a todos os seres humanos por amor ao Deus Uno e Trino. O Catecismo da Igreja destaca esse serviço humilde e eficaz a Cristo e a toda a Igreja (Cat. 333-335). Os santos foram muito devotos dos anjos. São Josemaría Escrivá, por exemplo, deixava que o seu anjo da guarda contasse o número de orações e mortificações que ele ia fazendo, tinha-o presente nos trabalhos apostólicos que realizava, chamava-o “Relojoeirinho” (porque era muito pontual em despertar-lhe e até consertou-lhe um relógio numa ocasião), dedicava as terças-feiras a tratá-lo mais intensamente, rezava ao anjo da guarda de alguém com quem tinha que conversar ou escrever-lhe uma carta; viu o Opus Dei no dia 2 de outubro de 1928, festa dos anjos da guarda; confiou os diversos trabalhos dessa nova fundação a cada um dos arcanjos. “Caminho”, esse clássico-moderno de espiritualidade, dedica nove pontos seguidos à devoção aos anjos. Como São Josemaría, poderíamos elencar vários outros santos cuja devoção aos anjos nos anima a ser mais amigos desses celestes espíritos.

Os anjos estão presentes na liturgia da Igreja, máxime quando a Santa Missa é celebrada. Os textos litúrgicos fazem referências a esses celestes adoradores de Deus. O “Glória a Deus nas alturas” foi uma oração entoada por eles (cfr Lc 2,13-14). As orações eucarísticas, na sua primeira parte, os prefácios, terminam “com os anjos e os arcanjos e com todos os coros celestiais” cantando o hino da glória de Deus que é o “Santo, Santo, Santo”, hino dos serafins (cfr. Is 6). Na oração eucarística I ou Cânon Romano, a oferenda é levada ao Deus todo-poderoso “per manus sancti angeli”, ou seja, pelas mãos do santo anjo. São Beda dizia que “da mesma maneira que vemos como os anjos rodeavam o corpo do Senhor no sepulcro, devemos crer que estão fazendo a corte a Jesus na consagração”.

Enfim, toda a vida do novo Povo de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, recebe a proteção dos anjos. São Miguel Arcanjo é padroeiro de toda a Igreja. Nós, membros da Igreja, podemos intensificar nos próximos dias a nossa devoção a esses celestiais guardiões da nossa fé, esperança e caridade, do nosso trabalho pela causa de Deus e do nosso caminho rumo ao céu. Sejamos gratos aos nossos anjos da guarda e, sobretudo, agradeçamos ao Senhor por esses angélicos companheiros.
_____________________________________________________________

Referência bibligráfica: A. VACANT, “Ange”, in F. VIGOUROUX (ed.), Dictionaire biblique, I,1 A, Paris : Letouzei et Ané, 1895, 576-590. A. V. de PRADA, O Fundador do Opus Dei (3 volumes), São Paulo: Quadrante, 2004. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, n. 325-336. F. F. CARVAJAL, Antología de textos para hacer oración y para la predicación, Madrid: Palabra, 1983, 85-95. J. DANIÉLOU, O mistério do Advento, RJ: Agir, 1958. P. B. CELESTINO, Os anjos, São Paulo: Quadrante. O artigo de P. B. CELESTINO, “Os anjos e o nosso anjo” se encontra em http://www.quadrante.com.br/ sessão “artigos >> doutrina e teologia” (visitada no dia 26/09/2010). P.-M. GALOPIN, “Ángel”, in P.-M. BOGAGERT e outros (responsáveis), Diccionario Enciclopédico de la Biblica, BARCELONA: HERDER, 1993, 73-76.


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06.03.2011
9º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A
__ "DIZER E FAZER" __

Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! O tema dos dois caminhos é tão antigo como a Sagrada Escritura. A experiência nômade do povo de Israel está na origem desse tema: Israel, de fato, foi constantemente chamado a escolher entre o caminho que leva à meta e o que leva à dispersão e à idolatria. Um vocabulário que se baseia totalmente no termo "caminho" exprime a experiência dio povo eleito: extravio, pedra de tropeço, conversão ou volta ao caminho certo, guia que indica a estrada, e pegadas seguidas pelo povo. O cristão deve escolher entre o "caminho estreito" que coincide com o Plano de Deus e o "caminho largo" que não se preocupa com Deus; entre Deus e Mamon, entre o Espírito e a carne, entre a vida e a morte, entre a luz e as trevas... Entoemos cânticos ao Senhor!

(coloque o cursor sobre os textos em azul abaixo para ler o trecho da Bíblia)


PRIMEIRA LEITURA (Dt 11,18.26-28.32): - "Tende, pois, grande cuidado em cumprir todos os preceitos e decretos que hoje vos proponho."

SALMO RESPONSORIAL (30/31): - "Senhor, eu ponho em vós a confiança; sede uma rocha protetora para mim!"

SEGUNDA LEITURA (Rm 3,21-25a.28): - "Deus destinou Jesus Cristo a ser, por seu próprio sangue, instrumento de expiação mediante a realidade da fé."

EVANGELHO (Mt 7,21-27): - "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus."



Homilia do Diácono José da Cruz – 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A

"PALAVRA QUE É ROCHA FIRME"

Um colega de serviço, certa ocasião comprou uma casa e depois de alguns meses na nova moradia, começou a notar trincas nas paredes e procurando um perito no assunto recebeu o diagnóstico que o deixou perplexo e revoltado: a casa praticamente não tinha um alicerce.

Quando contou-nos o fato, indagamos o porquê dele não ter se certificado com alguém, e a resposta simples e objetiva foi que, ele só olhou a fachada, as paredes e a telhado, mas que o alicerce não tem como ver, por estar em baixo da terra. Esse fato, do qual me lembrei, ilustra bem a reflexão desse evangelho, Jesus fala de duas construções: uma construída sobre a rocha, e a outra sobre a areia, esta última totalmente vulnerável e com risco iminente de desabamento.

A expressão “cair a casa” significa a ruína, o fim de um sonho, em outra palavra, significa desistir para sempre de algo. No quotidiano nos deparamos com essas situações em nossa própria vida, na vida em comunidade, conjugal e também familiar. Lares que se desmoronam, de uma hora para outra, porque o casal se separou, filhos que desistem dos seus pais, Pais que desistem dos seus filhos, irmãos e irmãs que da noite para o dia abandonam a comunidade e procuram outras igrejas, ou o que é ainda pior, enveredam por caminhos tenebrosos, ficando longe de Jesus e seu evangelho.

Somos sempre surpreendidos por acontecimentos assim, e sempre nos perguntamos, como é que pode a pessoa mudar para pior, assim da noite para o dia.

O evangelho, ao mesmo tempo que nos exorta, responde com clareza cristã, a essa intrigante questão.

Há duas coisas que confundimos muito, dizemos que tal pessoa é religiosa porque freqüenta a comunidade, participa da Igreja estando engajado em alguma pastoral ou movimento, freqüenta os Sacramentos, é Dizimista, tem a Bíblia em casa e reza todos os dias. Todas essas coisas mostram que essa pessoa vive uma experiência religiosa, entretanto, a experiência religiosa é apenas um sinal de algo essencial: a experiência de Deus em minha vida, que só pode acontecer pelo querígma que encontramos em Cristo.

No primeiro caso, da pessoa religiosa, podemos imaginar aquele meu amigo, que ao comprar a casa, olhou apenas a sua exterioridade, paredes, telhado, fachada. Na vida cristã chamamos isso de “Fé das aparências”, é que nos diz Jesus no início desse evangelho “Nem todo aquele que me diz Senhor...Senhor, entrará no Reino do Céu...”

A essa altura podemos então perguntar que terreno rochoso é esse, sobre o qual devemos edificar a nossa existência neste mundo?

No dia a dia da nossa vida cristã, tomamos uma série de pequenas decisões e atitudes necessárias diante de certas situações, fazemos opção por algumas coisas e se fizermos em cada noite um bom exame de consciência, iremos constatar entristecidos, que nem sempre a nossa referência foi a Palavra de Deus, eis aí a rocha, o alicerce, o suporte, o apoio, para a nossa vida!

Quando falta-nos esse referencial, nas escolhas, atitudes e decisões que tomamos, fazemos grandes besteiras na vida em comunidade, na vida conjugal, familiar, na política, enfim em todas as nossas relações. Aqui podemos falar em um testemunho extra igreja, pois testemunho na vida em comunidade, é fácil de dar e mais fácil ainda de aceitar, ou alguém nos irá contestar, se dermos um testemunho em uma celebração ou retiro ? Claro que não...

A esse testemunho na sociedade e em qualquer meio onde vivemos, chamamos de ética cristã, que nada mais é, do que fundamentar todas as nossas ações e pensamentos na Palavra de Deus. Ocorre que muitas vezes, por ainda não termos feito essa experiência com Deus, mas apenas uma experiência religiosa, não priorizamos a Palavra de Deus em nossa vida, e agimos de acordo com nossos interesses, movidos pelo egoísmo, vaidade e orgulho. Não tendo feito a experiência querigmática, onde Jesus Cristo nos encanta e o elegemos Senhor Absoluto de nossa Vida e da História, guardamos o nosso “Cristianismo” na gaveta ou no guarda roupa, e só voltamos a tomá-lo na celebração do final de semana.  Nesse caso, perdemos a nossa identidade cristã, ficamos apenas com a experiência religiosa, e um dia o Senhor nos dirá que NÃO nos conhece...

Mas se a Palavra de Deus, revelada em Jesus, o Verbo Encarnado, ser sempre, e em qualquer circunstância o fundamento do nosso Viver terreno, passaremos incólumes pelos vendavais da Vida, pelas enchentes e temporais, porque a firmeza de nossas decisões não provém da fragilidade humana, mas da Palavra de Deus, Santa, completa, sábia e perfeita em si mesma....Palavra que nos liberta, renova e restaura as nossas forças, pela ação do Espírito Santo. (9º Domingo Tempo Comum)

José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com


Homilia do Padre Françoá Rodrigues Costa – 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A

As obras da fé

Erram aquelas pessoas que pensam que basta com aceitar Jesus para serem salvos! Equivocam-se aqueles outros que pensam que é suficiente a mera fé para chegar à vida eterna! Está longe da verdade o individuo que proclama somente com a boca, “Senhor, Senhor”, sem aprofundar essas palavras no coração, tendo-as verdadeiramente como programa de vida.

No mesmo caminho do erro estão aqueles que pensam que para salvar-se basta com não fazer coisas más. Estão equivocados aqueles que confundem a filantropia com a caridade. Mas também estão longe da verdade os que insistem nas obras e diminuem importância à graça e à fé.

Em contra dessas visões parciais se opõe o maravilhoso equilíbrio do Evangelho. Por um lado: “tua fé te salvou” (Lc 8,48) e “tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23). Por outro: “nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21) e “Vinde, benditos do meu Pai, tomai posse do Reino (…) porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes (…)” (Mt 25,34-36). Poderíamos seguir apoiando as duas caras dessa moeda única com outros textos da Escritura Santa. O mesmo apóstolo que deixou escrito que “o justo viverá pela fé” (Rm 1,17) disse no capítulo seguinte da carta aos Romanos que o juízo de Deus “retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Rm 2,6).

Todo cristão deve viver de fé. Mas a fé não é uma mera profissão da boca para fora, não é um mero ato de confiança na misericórdia de Deus, não é somente acreditar que Deus existe. A fé é algo que invade toda a nossa existência: o nosso ser, a nossa inteligência, a nossa vontade, os nossos sentimentos. Quase se poderia dizer que nós não temos fé, mas que a fé nos tem. Somos homens e mulheres de fé. Ao vivermos de fé, perceberemos as consequências da fé em todas as dimensões do nosso existir. O cristão nunca pode desassociar a sua fé da sua vida. Dizer “Senhor, Senhor” na Missa dominical é muito importante, mas é preciso continuar dizendo “Senhor, Senhor” nas vinte quatro horas de cada jornada, não necessariamente com a boca, mas com as nossas ações quotidianas. É preciso proclamar o senhorio de Jesus na família, no trabalho e em todas as demais relações.

Caso Jesus seja o Senhor da família de fulano, fulano viverá as obras da fé na família: a sua esposa será a única mulher na sua vida ou, desde a outra perspectiva, o seu esposo será o único homem na sua vida; os filhos, frutos do amor generoso de ambos, serão vistos como pessoas que merecem cuidado, educação, carinho, correção; os pais serão sempre o ponto de referência e não supostos amiguinhos da escola ou da faculdade. Os filhos serão respeitados e educados tendo em conta aquilo que eles são, varões ou mulheres, e em atenção aos seus dotes pessoais. Alguns terão maiores capacidades intelectuais, esses farão uma faculdade e talvez sejam doutores; outros terão maiores capacidades manuais e não serão muito dados aos livros… Não há problema! A sociedade que necessita dos professores universitários, necessita igualmente de eletricistas, donas de casa, operários em geral, médicos, agricultores etc.

Caso Jesus seja o Senhor do trabalho de ciclano, ciclano viverá as obras da fé no seu ambiente profissional a través da pontualidade, do respeito aos demais, da honra à palavra dada, do cumprimento fiel dos próprios deveres, da dedicação generosa ao próprio trabalho e aos amigos do ambiente laboral, da boa educação e dos bons costumes. Qual é o melhor trabalho? O santo da vida ordinária, S. Josemaría Escrivá, responderia: o melhor trabalho é aquele que se faz com maior amor de Deus.

Caso Jesus seja o Senhor de todas as relações de beltrano, beltrano viverá as obras da fé em todos os lugares e com todos os seres com os quais se encontrem: as amizades e a vida em sociedade devem ser santificadas. Lembremo-nos de que as nossas amizades, ócios e as mais variadas atividades são ocasiões de apostolado, de evangelização.

Dessa maneira, não há dúvida: fulano, ciclano e beltrano, estarão não somente proclamando o senhorio de Jesus com a boca, mas com todo o seu ser, com toda a sua inteligência, com toda a sua vontade, com todos os seus sentimentos. Será uma pessoa de fé. Uma pessoa que ama e faz a vontade de Deus. Mas é preciso lutar um dia e outro também, sempre!

Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa


Doutrina - Sagrada Escritura

Caríssimos Irmãos e Irmãs,

O site Presbíteros não publicou nesta semana o Comentário Exegético, portanto, transcrevo abaixo mais um texto de Doutrina da Santa Igreja, extraído do mesmo site, bastante interessante para Grupos de Estudo Bíblico.

Desejo a todos uma Santa e Feliz Semana, na Graça de Deus Pai.

Dermeval Neves
Webmaster - NPDBRASIL

Adão e Eva existiram verdadeiramente?

O  livro do Gênesis, em seus três primeiros capítulos, usa de lin­guagem figurada para enunciar verdades perenes. Visto que já temos comentado tal matéria repetidarnente1, limitar-nos-emos abaixo a res­ponder estritamente a questão do título deste artigo, questão aliás freqüentemente formulada e nem sempre devidamente elucidada.

Eis o que se deve guardar a propósito:

1) O Senhor Deus criou o ser humano masculino e feminino (sem que esteja excluída a evolução da matéria preexistente até chegar ao grau de complexidade do corpo humano);

2) O Senhor concedeu aos primeiros pais urna especial graça espi­ritual chamada “justiça original”, que conferia ao homem eminente digni­dade;

3) consequentemente o Criador indicou aos primeiros pais um modelo de vida, figurado pela proibição de comer a fruta da árvore da ciência do bem e do mal. Já que o homem era elevado a especial com­unhão com Deus, devia comportar-se não simplesmente de acordo com seu bom senso ou suas intuições racionais, mas segundo as normas correspondentes a sua dignidade de filho de Deus;

4) O homem, por soberba, disse Não a esse modelo de vida ou ao convite do Criador, perdendo assim a justiça original.

Pois bem. Adão e Eva representam o ser humano assim tratado por Deus. São tão reais quanto é real o gênero humano. Deus se apre­sentou ao homem nas suas origens, … ao homem real e não a um ser fictício. Verdade é que Adão e Eva são nomes de origem hebraica; não podem ser os nomes dos primeiros seres humanos, mas representam os primeiros seres humanos.

Há quem indague a respeito do aspecto físico dos primeiros ho­mens: eram belos, como dão a entender certos quadrinhos e filmes catequéticos?

Respondemos que a tradição judaico-cristã – sempre julgou que os primeiros pais eram dotados de harmonia ou beleza física correspondente as riquezas sobrenaturais de sua alma; terão perdido esse encanto após o pecado, gerando e então uma estirpe caracterizada por traços somáticos primitivos e cultura rudimentar; tal é, sim, a linhagem de que nos falam os fósseis. – Contudo não há necessidade de admitir que Adão tenha sido fisicamente mais belo e culturalmente mais evoluído do que os demais homens da pré-história; pode-se muito bem conceber que os dotes de alma que ele possuía, não se espelhavam sobre o seu corpo; a manifestação desses dons estava condicionada a perseverança de Adão no estado de inocência. O primeiro pai, porém, não perseverou; por isto, não se terá diferenciado, no plano meramente natural, dos demais ho­mens pré-históricos.

Não se deve acentuar exageradamente a perfeição do estado pri­mitivo da humanidade dito “de justiça original”. Terá sido um estado digno de todo apreço, mas do ponto de vista religioso e moral apenas, não sob o aspecto da civilização ou da cultura. Os primeiros homens de que fala o Gênesis, podem muito bem ter tido a configuração rudimentar e grosseira de que dão indícios os fósseis da pré-história; não é necessá­rio que hajam vivido de modo diferente daquele que conjeturam as ciên­cias naturais. Mesmo as idéias religiosas de Adão poderão ter sido pu­ras, sim, mas sob a forma de intuições concretas semelhantes as dos povos primitivos e das crianças; não se tratava de altos conhecimentos teológicos. – Vê-se, pois, que as clássicas descrições do “paraíso terres­tre” não devem em absoluto ser identificadas com a doutrina da fé.

D. Estevão Bettencourt

Ver PR 390/1994, pp. 521ss; 343/1995, pp. 55s; 425/1997, pp. 442ss.


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QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!

Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje! Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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