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Caríssimos Irmãos e Irmãs Religiosas, Sacerdotes, Diáconos, Catequistas, Agentes de Pastorais, Ministros e Ministras, Leigos e todas as pessoas envolvidas no trabalho de evangelização:

ATENÇÃO: Não guardamos arquivos dessa página. Toda semana ela é substituída e atualizada. Quem desejar arquivar o que está publicado aqui deverá imprimir ou salvar a página em seus arquivos.

Aqui no site NPDBRASIL, normalmente nós utilizamos como fonte de informação o Roteiro Homilético do site PRESBÍTEROS - Um site de referência para o Clero Católico e também o Roteiro Homilético da Editora Paulus, publicado na revista Vid Pastoral, pois queremos ajudar na evangelização de todos. Deus abençoe a todos vocês que nos motivam a superar todas as dificuldades que surgem em nossos caminhos a serviço de Deus Pai Todo Poderoso e Nosso Senhor Jesus Cristo.

Visitem o site PRESBÍTEROS - http://www.presbiteros.com.br, com visual moderno e excelente conteúdo de formação evangelizadora. Toda pessoa envolvida com o serviço de evangelização deve visitar este site com frequência.

Também usamos parte das páginas de Liturgia do site dos Padres Dehonianos de Portugal: http://www.dehonianos.org o qual aconselhamos visitar também para encontrar excelente material de estudos.


Revista VIDA PASTORAL: Conheça e utilize esta maravilhosa revista nos trabalhos de evangelização em sua Paróquia ou Pastoral. Você pode ler a revista na versão digital mais abaixo ou a versão on-line pelo link: http://vidapastoral.com.br/ escolhendo os temas que deseja ler ou estudar. Você tem ainda a opção de baixar a revista para seu computador, caso não possa estar conectado o tempo todo. A revista Vida Pastoral contém instruções e orientações extremamente valiosas para o trabalho de evangelização e compreensão da Palavra de Deus!

Veja também mais abaixo como assinar os Periódicos da Paulus: O DOMINGO, O DOMINGO - PALAVRA e outros, além de muitas ofertas de excelentes livros.

Ao visitar o site da Paulus, procure também pelos outros periódicos O DOMINGO - CRIANÇAS, LITURGIA DIÁRIA e LITURGIA DIÁRIA DAS HORAS. Aproveite e leia também os excelentes artigos colocados à sua disposição. Faça do seu momento à frente do computador o seu tempo para enriquecer seus conhecimentos e desenvolver melhor sua espiritualidade. Não permita deixar-se idiotizar pela maioria do conteúdo perverso que se permeia por aí... Lembre-se: Vigiai e Orai!

Uma outra sugestão para que você possa entender melhor os tempos litúrgicos é visitar a página de Liturgia do site da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - http://www.pnslourdes.com.br/formacao/formacao-liturgica/ ou se preferir, pode ler ou baixar um documento especial com explicação do Ano Litúrgico, acesse o link: http://www.pnslourdes.com.br/arquivos/ANO_LITURGICO.pdf.

Desejamos a todos uma feliz e santa semana, na Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Dermeval Neves
NPDBRASIL - UMA COMUNIDADE A SERVIÇO DA EVANGELIZAÇÃO


24.10.2021
30º Domingo do Tempo Comum — ANO B
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO)
Dia mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária
__ "Ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho" __

OUTUBRO: MÊS DAS MISSÕES - Todos Somos Missionários

EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE

CLIQUE AQUI E VEJA UMA APRESENTAÇÃO ESPECIAL SOBRE A LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA


(antes de clicar - desligue o som desta página clicando no player acima do menu à direita)

 

CLIQUE AQUI PARA VER O ROTEIRO HOMILÉTICO DO PRÓXIMO DOMINGO

Ambientação:

Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A cura do cego Bartimeu leva-nos a compreender que a presença de Jesus na caminhada é capaz de nos livrar das cegueiras e, principalmente, nos apontar o caminho da vida eterna. Acolher a proposta de Jesus e seguir o nosso caminho aquecidos com sua presença é o que queremos ao celebrar essa liturgia.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, cheios de esperança nos reunimos como assembleia santa. Viemos para buscar a Deus e encontrar nele a nossa salvação. E Ele não dos decepcionará. Vai manifestar- se a nós por sua Palavra e pelo seu Corpo e Sangue partilhado entre nós, sacramento de sua Páscoa. Neste dia mundial das missões, unimo-nos em oração para que o Senhor faça crescer em nossa Igreja o espírito missionário que nos faz sair ao encontro dos irmãos.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Neste mês da Missões, rezemos nesta Eucaristia para que o Senhor faça descer sobre nós a força do Espírito Santo, a fim de que sejamos missionários da Palavra e do Amor de Deus, segundo a vontade do Pai.

Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!


ATENÇÃO: Se desejar, você pode baixar o folheto desta missa em:

Folheto PULSANDINHO (Diocese de Apucarana-PR):
http://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/24-de-outubro-de-2021---30-tc.pdf

Folheto "O POVO DE DEUS" (Arquidiocese de São Paulo):
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-45-b-58-30-domingo-do-tempo-comum.pdf


TEMA
JESUS ABRE OS OLHOS A QUEM PROCURA VER

Créditos: Utilizamos aqui parte do texto da Revista Vida Pastoral da Editora Paulus (clique aqui para acessar a página da revista no site da Paulus- A autoria do Roteiro Homilético da Paulus pertence aos diversos renomados escritores e estudiosos da Palavra de Deus que prestam serviços à Editora. Visitem a página da Revista Vida Pastoral e acompanhem os diversos temas ali publicados.

Introdução da Revista Vida Pastoral

Ver para seguir Jesus e anunciar

Neste domingo em que celebramos o Dia Mundial das Missões, a liturgia recorda o projeto libertador de Deus para a humanidade, com predileção clara pelas pessoas mais vulneráveis e necessitadas, vítimas das mais diversas formas de exploração e injustiça. Ao mesmo tempo, convida-nos a contemplar e anunciar a realização contínua desse projeto na história.

Na primeira leitura, em tom jubiloso, o profeta Jeremias anuncia a libertação dos exilados e o retorno ao país, sendo conduzidos pelo próprio Deus, com seu amor de pai que ama seus filhos e deles cuida.

A segunda leitura fala do sacerdócio de Cristo: ele possui todas as credenciais de sumo sacerdote, mas as supera, por ser o Filho de Deus, o que torna perfeita sua mediação.

O Evangelho narra a cura do cego Bartimeu; mais do que um relato de milagre, esse episódio representa um modelo de fé e de adesão ao seguimento de Jesus.

O salmo é um hino de ação de graças pelo retorno dos exilados, uma das muitas maravilhas realizadas por Deus em favor do seu povo.

Introdução do Portal Dehonianos

A liturgia do 30° Domingo do Tempo Comum fala-nos da preocupação de Deus em que o homem alcance a vida verdadeira e aponta o caminho que é preciso seguir para atingir essa meta. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, o homem chega à vida plena, aderindo a Jesus e acolhendo a proposta de salvação que Ele nos veio apresentar.

A primeira leitura afirma que, mesmo nos momentos mais dramáticos da caminhada histórica de Israel, quando o Povo parecia privado definitivamente de luz e de liberdade, Deus estava lá, preocupando-se em libertar o seu Povo e em conduzi-lo pela mão, com amor de pai, ao encontro da liberdade e da vida plena.

A segunda leitura apresenta Jesus como o sumo-sacerdote que o Pai chamou e enviou ao mundo a fim de conduzir os homens à comunhão com Deus. Com esta apresentação, o autor deste texto sugere, antes de mais, o amor de Deus pelo seu Povo; e, em segundo lugar, pede aos crentes que "acreditem" em Jesus - isto é, que escutem atentamente as propostas que Ele veio fazer, que as acolham no coração e que as transformem em gestos concretos de vida.

No Evangelho, o catequista Marcos propõe-nos o caminho de Deus para libertar o homem das trevas e para o fazer nascer para a luz. Como Bartimeu, o cego, os crentes são convidados a acolher a proposta que Jesus lhes veio trazer, a deixar decididamente a vida velha e a seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. Dessa forma, garante-nos Marcos, poderemos passar da escravidão à liberdade, da morte à vida.


O texto abaixo foi extraído do periódico da Editora Paulus - O Domingo.
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O Domingo

É um semanário litúrgico-catequético que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa.

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COMPAIXÃO E ESPERANÇA

“Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20) é a inspiração bíblica escolhida para este Dia Mundial das Missões. O novo contexto da pandemia, que se estende de forma prolongada, evidenciou e ampliou o sofrimento, a solidão, a pobreza e as injustiças que tantos já padeciam. Desmascarou nossas falsas seguranças e desnudou nossa fragilidade humana.

Na mensagem do Papa Francisco para este dia, destacamos: “No contexto atual, há urgente necessidade de missionários da esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que ninguém se salva sozinho. Hoje, Jesus precisa de corações capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, impulsionados a sair para as periferias do mundo como mensageiros e instrumentos de compaixão”.

Jesus, modelo de missionário da compaixão e da esperança, convida-nos a não ficar indiferentes ao sofrimento e à dor de tantas pessoas atingidas pelas conseqüências da pandemia e da marginalização. Ao cego Bartimeu, Jesus perguntou: “O que queres que eu te faça?” Hoje, faz-se necessário repetir a mesma pergunta aos que estão à beira do caminho. São os mais pobres e vulneráveis deste contexto pandêmico que nos interpelam à compaixão.

Na animação da campanha missionária deste ano, evidenciamos o testemunho de missionários e missionárias da compaixão e da esperança. São pessoas anônimas que se postaram na linha de frente no combate da pandemia: profissionais da saúde, famílias enlutadas com testemunho de esperança, educadores e tantos agentes de pastoral que não ficaram indiferentes aos gritos por compaixão.

Que São Francisco Xavier e Santa Teresinha, padroeiros das missões, nos inspirem a sermos missionários e missionárias da compaixão e da esperança.

Pe. Maurício da Silva Jardim
Diretor das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil


O texto abaixo foi extraído do periódico da Editora Paulus - O Domingo - Palavra.
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O Domingo – Palavra

A missão deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir as comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. O “Culto Dominical” contêm as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do hinário litúrgico da CNBB e um artigo que contempla proposto pela liturgia do dia ou acontecimento eclesial.

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COMPAIXÃO E ESPERANÇA

“Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20) é a inspiração bíblica escolhida para este Dia Mundial das Missões. O novo contexto da pandemia, que se estende de forma prolongada, evidenciou e ampliou o sofrimento, a solidão, a pobreza e as injustiças que tantos já padeciam. Desmascarou nossas falsas seguranças e desnudou nossa fragilidade humana.

Na mensagem do Papa Francisco para este dia, destacamos: “No contexto atual, há urgente necessidade de missionários da esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que ninguém se salva sozinho. Hoje, Jesus precisa de corações capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, impulsionados a sair para as periferias do mundo como mensageiros e instrumentos de compaixão”.

Jesus, modelo de missionário da compaixão e da esperança, convida-nos a não ficar indiferentes ao sofrimento e à dor de tantas pessoas atingidas pelas conseqüências da pandemia e da marginalização. Ao cego Bartimeu, Jesus perguntou: “O que queres que eu te faça?” Hoje, faz-se necessário repetir a mesma pergunta aos que estão à beira do caminho. São os mais pobres e vulneráveis deste contexto pandêmico que nos interpelam à compaixão.

Na animação da campanha missionária deste ano, evidenciamos o testemunho de missionários e missionárias da compaixão e da esperança. São pessoas anônimas que se postaram na linha de frente no combate da pandemia: profissionais da saúde, famílias enlutadas com testemunho de esperança, educadores e tantos agentes de pastoral que não ficaram indiferentes aos gritos por compaixão.

Que São Francisco Xavier e Santa Teresinha, padroeiros das missões, nos inspirem a sermos missionários e missionárias da compaixão e da esperança.

Pe. Maurício da Silva Jardim
Diretor das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil


O texto abaixo foi extraído do periódico da Editora Paulus - O Domingo - Crianças.
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O Domingo – Crianças

Este semanário litúrgico-catequético propõe, com dinamicidade, a vivência da missa junto às crianças. O folheto possui linguagem adequada aos pequenos, bem como ilustrações e cantos alegres para que as crianças participem com prazer e alegria da eucaristia. Como estrutura, “O Domingo-Crianças” traz uma das leituras dominicais, o Evangelho do dia e uma proposta de oração eucarística.

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MISSA DO 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM

A fé nos faz ir ao encontro de Jesus e abre nossos olhos e coração para enxergarmos e sentirmos os sofrimentos do próximo. Os gestos de amor e bondade do Senhor nos inspiram a ser acolhedores e solidários com os que necessitam da nossa ajuda. Neste Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária, recordemos todos os que, a exemplo de Jesus, se dedicam à missão e doam a vida pelos irmãos e irmãs.

APRENDENDO COM O YOUCAT
(Catecismo para crianças)
O amor é a forma que Deus encontrou para curar o mundo.


RITOS INICIAIS

Sl 104, 3-4
ANTÍFONA DE ENTRADA: Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor. Buscai o Senhor e o seu poder, procurai sempre a sua face.

Introdução ao espírito da Celebração
Mais uma semana se passou e programamos o nosso Domingo, reservando um tempo especial para a participação na Eucaristia. Agradeçamos tudo o que o Senhor nos concedeu. Dialoguemos com Ele, pedindo-Lhe bênçãos para a nossa vida.

ORAÇÃO COLETA: Deus eterno e omnipotente, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade; e para merecermos alcançar o que prometeis, fazei-nos amar o que mandais. Por Nosso Senhor…


II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

Liturgia da Palavra
Primeira Leitura

Monição: Exultemos de alegria porque o Senhor nos salvou. Nunca percamos a esperança de vivermos com Ele para sempre.

Jeremias 31,7-9

Leitura do livro do profeta Jeremias. 31 7 Porque isto diz o Senhor: “Lançai gritos de júbilo por causa de Jacó. Aclamai a primeira das nações. E fazei retumbar vossos louvores, exclamando: ‘O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel’. 8 Eis que os trago da terra do norte, e os reúno dos confins da terra. O cego e o coxo estarão entre eles, e também a mulher grávida e a que deu à luz. Será imensa a multidão que há de voltar, 9 e que voltará em lágrimas. Conduzi-la-ei em meio às suas preces; levá-la-ei à beira de águas correntes, por caminhos em que não tropeçarão, porque sou para com Israel qual um pai, e Efraim é o meu primogênito”.
— Palavra do Senhor!
— Graças a Deus.

A 1ª leitura é como habitualmente escolhida em função do Evangelho; é tirada da parte do livro que os críticos chamam o «Livro da Consolação» (Jer 30 – 33), considerada o núcleo de toda a obra do Profeta de Anatot, onde se anuncia a futura restauração de Israel assente sobre um descendente de David (33, 15-17) e sobre uma nova Aliança, já não escrita em placas de pedra, mas nos corações (31, 31-34).

8-9 «Vou trazê-los das terras do Norte», isto é, da Assíria, cujo rei Salmanasar V conquistara o reino do Norte (Israel ou Efraim: v. 9), em 721, havia já cerca de um século. Os israelitas tinham sido deportados em massa não só para a Assíria, mas também para os mais diversos sítios: «os confins do mundo». Notar como é o próprio Deus quem reconduz os exilados, incapacitados de sair da sua miséria; por isso a salvação não fica reservada apenas ao soldado que combate e a quem tem capacidade para se deslocar por seus próprios pés: entre a multidão que regressa para fazer parte do futuro reino messiânico, vêm «o cego e o coxo, a mulher que vai ser mãe e a que já deu à luz»: é uma bela forma poética de exaltar a intervenção divina. O v. 9 faz lembrar o Salmo 126 (125), 5-6, um Salmo de peregrinações (gradual, ou das ascensões).

....................

Jeremias foi um dos profetas bíblicos de ministério mais fecundo e longo, com duração aproximada de 50 anos. Recebeu o chamado de Deus ainda muito jovem, por volta do ano 627 a.C., durante o reinado de Josias em Judá (Jr 1,4-10). Era uma época até promissora, devido à política reformista de Josias; esta, porém, não foi continuada por seus sucessores. A seqüência dos acontecimentos apontava para a catástrofe, como de fato se deu: Jerusalém foi invadida pelo exército da Babilônia em 597 a.C., tendo parte da sua população deportada, e foi completamente destruída em 586 a.C., com a deportação do restante da população. Jeremias previu e assistiu a tudo isso, o que, obviamente, repercutiu na sua pregação, rendendo-lhe injustamente o rótulo de profeta pessimista. Por conseguinte, chega a ser surpreendente a presença de uma seção de oráculos de restauração no seu livro, chamada de “livro da consolação” (Jr 30-33). A primeira leitura deste domingo é tirada dessa seção e comporta um anúncio de esperança, com perspectivas messiânicas.

O texto começa com um convite à alegria pela salvação do povo, a qual consiste na libertação do cativeiro e no retorno à terra (v. 7). O povo que voltará – os exilados e todos os israelitas dispersos – é apenas um resto, quer dizer, um povo pequeno e arrasado, mas cheio de esperança: cegos, aleijados, grávidas e parturientes (v. 8). Essas categorias são imagens da vulnerabilidade e do sofrimento; expressam a preferência e os cuidados de Deus pelos indefesos, vítimas de injustiças e exploração. São pessoas com dificuldade de caminhar e, por isso, mais necessitadas da proteção de Deus. São também sinais de esperança: mulheres grávidas e parturientes simbolizam a fecundidade e a vida nova; a partir delas é que o Senhor reconstituirá seu povo, tornando-o família, sendo ele o Pai Amoroso que cuida e protege (v. 9). Tais são as maravilhas cantadas pelo salmista: “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!” (Sl 126,3). E a cura do cego Bartimeu, no Evangelho, indica que Jesus é, por excelência, o realizador das maravilhas de Deus.

AMBIENTE

Jeremias, o profeta nascido em Anatot por volta de 650 a.C., exerceu a sua missão profética desde 627/626 a.C., até depois da destruição de Jerusalém pelos Babilônios (586 a.C.). O cenário da atividade do profeta é, em geral, o reino de Judá (e, sobretudo, a cidade de Jerusalém).

A primeira fase da pregação de Jeremias abrange parte do reinado de Josias. Este rei - preocupado em defender a identidade política e religiosa do Povo de Deus - leva a cabo uma impressionante reforma religiosa, destinada a banir do país os cultos aos deuses estrangeiros. A mensagem de Jeremias, neste período, traduz-se num constante apelo à conversão, à fidelidade a Jahwéh e à aliança.

No entanto, em 609 a.C., Josias é morto, em combate contra os egípcios. Joaquim sucede-lhe no trono. A segunda fase da atividade profética de Jeremias abrange o tempo de reinado de Joaquim (609-597 a.C.).

O reinado de Joaquim é um tempo de desgraça e de pecado para o Povo, e de incompreensão e sofrimento para Jeremias. Nesta fase, o profeta aparece a criticar as injustiças sociais (às vezes fomentadas pelo próprio rei) e a infidelidade religiosa (traduzida, sobretudo, na busca das alianças políticas: procurar a ajuda dos egípcios significava não confiar em Deus e, em contrapartida, colocar a esperança do Povo em exércitos estrangeiros). Jeremias está convencido de que Judá já ultrapassou todas as medidas e que está iminente uma invasão babilônica que castigará os pecados do Povo de Deus. É, sobretudo, isso que ele diz aos habitantes de Jerusalém ... As previsões funestas de Jeremias concretizam-se: em 597 a.C., Nabucodonosor invade Judá e deporta para a Babilônia uma parte da população de Jerusalém.

No trono de Judá fica, então, Sedecias (597-586 a.C.). A terceira fase da missão profética de Jeremias desenrola-se, precisamente, durante este reinado.
Após alguns anos de calma submissão à Babilônia, Sedecias volta a experimentar a velha política das alianças com o Egito. Jeremias não está de acordo que se confie em exércitos estrangeiros mais do que em Jahwéh..., mas, nem o rei, nem os notáveis prestam qualquer atenção à opinião do profeta.

Em 587 a.C., Nabucodonosor põe cerco a Jerusalém; no entanto, um exército egípcio vem em socorro de Judá e os babilônios retiram-se. Nesse momento de euforia nacional, Jeremias aparece a anunciar o recomeço do cerco e a destruição de Jerusalém (cf. Jer 32,2-5). Acusado de traição, o profeta é encarcerado (cf. Jer 37,11- 16) e corre, inclusive, perigo de vida (cf. Jer 38,11-13). Enquanto Jeremias continua a pregar a rendição, Nabucodonosor apossa-se, de fato, de Jerusalém, destrói a cidade e deporta a sua população para a Babilônia (586 a.C.).

É impossível dizer com segurança o contexto em que apareceu essa mensagem que o texto que nos é hoje proposto apresenta.

Para alguns comentadores, trata-se de um oráculo que poderia situar-se na primeira fase da atividade profética de Jeremias (reinado de Josias) e dirigir-se-ia aos israelitas do Reino do Norte. Seria uma mensagem de esperança, destinada a animar esse povo que há cerca de cem anos tinha perdido a independência e estava sob o domínio assírio.

Para outros, contudo, este texto será da época de Sedecias, algures entre a primeira e a segunda deportação do Povo para a Babilônia (597-586 a.C.). É a época em que Jeremias descobre perspectivas teológicas novas e começa a refletir sobre um tempo novo que Deus irá oferecer ao seu Povo: após a catástrofe, será possível recomeçar tudo, pois Deus tem em mente fazer uma nova Aliança com Judá.

MENSAGEM

O texto que nos é proposto começa com um convite à alegria e ao louvor (vers. 7). Porquê? Porque Jahwéh vai reunir o seu Povo (disperso na Assíria? Na Babilônia?), vai conduzi-lo através do deserto e vai fazê-lo retornar à sua pátria. Reunir, conduzir e fazer retornar à pátria são os três verbos que, tradicionalmente, definem a ação de Deus em favor do seu Povo, durante o Êxodo.

Depois da afirmação geral, o profeta apresenta alguns pormenores deste Novo Êxodo. Da comitiva farão parte "o cego e o coxo, a mulher grávida e a que deu à luz" (vers. 8b). O cego e o coxo são figuras tradicionais ligadas ao tema do Êxodo (cf. Is 35,5), onde relembram a situação de necessidade e de carência em que os exilados jazem e, ao mesmo tempo, evocam a ação extraordinária de Deus no sentido de libertar o seu Povo dessa carência e dessa necessidade. Na imagem da mulher grávida e na da mulher que deu à luz, o profeta representa a dor e o sofrimento, mas também a fecundidade, a alegria, a esperança num futuro novo e cheio de vida.

No último versículo do nosso texto (vers. 9), Jahwéh apresenta-Se como um pai cheio de amor pelo seu filho/Povo. Esse amor irá traduzir-se no final do Exílio e no regresso dos exilados à sua terra "entre grande consolação", por "caminhos direitos" e fáceis. No final desse Êxodo triunfal, Jahwéh vai oferecer ao seu Povo vida abundante e fecunda ("conduzi-los-ei às torrentes de água").

O texto dá conta da preocupação de Deus com a vida, a felicidade e a realização plena do seu Povo. Mesmo nos momentos mais dramáticos da caminhada histórica de Israel, quando o Povo parecia privado definitivamente de luz e de liberdade (o "cego" e o "coxo"), Deus estava lá, preocupando-se em libertar o seu Povo e em conduzi-lo pela mão, com amor de pai, ao encontro da liberdade e da vida plena.

ATUALIZAÇÃO

• O que este texto nos diz, antes de mais, é que o Deus em quem acreditamos não é um Deus insensível e alheado das dores e dificuldades dos homens; mas é um Deus sensível e atento, que cuida dos seus filhos com cuidados de pai. Ao longo do percurso que vamos percorrendo pela história, também nós fazemos, como os antigos israelitas, a experiência da escravidão, da dependência, do medo, do desespero, da decepção ... A Palavra de Deus que hoje nos é servida garante-nos: não estamos sozinhos frente aos nossos dramas e sofrimentos; Deus vai ao nosso lado e, com amor de pai, cuida de nós, dá-nos a mão, conduz-nos ao encontro da vida eterna e verdadeira. A nós resta-nos reconhecer a sua presença (às vezes tão discreta que nem a notamos) e, com humildade e simplicidade, aceitar o seu amor.
• Na perspectiva do profeta, a ação salvadora e libertadora de Deus estender-se-á a todos, inclusive aos "cegos" e aos "coxos". Os "coxos" e os "cegos representam, aqui, aqueles que estão numa situação de fragilidade, de debilidade, de dependência e que são incapazes, por si sós, de deixar essa condição. Também com esses - ou especialmente com esses - Deus quer caminhar. Na verdade, Deus não marginaliza ninguém, nem coloca ninguém à margem da sua proposta de salvação ... Os fracos, os débeis, os limitados, os marginalizados ocupam um lugar especial no coração de Deus e são objeto privilegiado do seu amor e da sua misericórdia. Na nossa sociedade, os pequenos, os pobres, os doentes, os velhos, os estrangeiros sem papéis são, freqüentemente, marginalizados e ultrapassados pelo comboio da história. A sociedade edifica-se sem eles ou, pelo menos, sem ter em conta as suas necessidades e carências... Nós, os crentes, formados na escola de Deus, precisamos olhar para eles com o mesmo olhar de Deus, descobrir que também eles são filhos queridos e amados de Deus, denunciar as estruturas que os marginalizam, criar mecanismos de inclusão e de integração. É preciso ver em cada homem ou mulher - no "coxo", no "cego", no velho, no doente, no marginal - um irmão que Deus ama e a quem quer oferecer, por nosso intermédio, a vida plena, a salvação definitiva.
• Em todo o capítulo 31 do profeta Jeremias (de onde é retirado o texto que nos é proposto), há um impressionante apelo à esperança, à confiança em Deus. Por vezes, somos tentados a olhar para a nossa vida e para a história do nosso mundo, com os óculos do pessimismo, do medo e do desespero ... O terrorismo, os crimes ambientais, as dificuldades econômicas, as doenças incuráveis, a fome, a miséria, os valores efêmeros, parecem pintar de negro o nosso futuro e o futuro do nosso planeta ... Contudo, a Palavra de Deus que hoje nos é proposta garante-nos: não tenhais medo, pois Deus caminha convosco pela história e, como um pai cheio de bondade que ensina o filho a caminhar, há-de conduzir-vos pela mão ao encontro da vida verdadeira. Há, certamente, um futuro para nós, pois Deus ama-nos e caminha conosco.

Subsídios:
1ª leitura: (Jr 31,7-9) Restauração da vida dos cegos, no tempo messiânico – Profecia de salvação para Israel e Samaria (deportados em 721 a.C.), interpretada, mais tarde, como válida também para Judá (em exílio desde 586 a.C.; cf. Jr 3,18). Deus reunirá as tribos dispersas e as consolará. A cura de cegos e coxos é uma imagem da utopia messiânica: uma cidade onde não mais houver cegos e coxos mendigando (cf. Is 35). O povo responde à comiseração de Deus, cantando: “Javé nos salva” (31,7c; cf. Sl 118[117],25; Mc 11,9). * 31,7-8 cf. Is 4,3; Jr 3,14; 5,18 * 31,9 cf. Sl 126[125],5-6; Is 40,3; Jr 3,19; Dt 1,31; 32,5-6.


Salmo Responsorial

Monição: Se meditarmos a sério nas graças que o Senhor nos concede encontramos motivação constante para nos mostrarmos agradecidos.

SALMO RESPONSORIAL – 125/126

Maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!

Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,
parecíamos sonhar;
encheu-se de sorriso nossa boca,
nossos lábios, de canções.

Entre os gentios se dizia: “Maravilhas
fez com eles o Senhor!”
Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!

Mudai a nossa sorte, ó Senhor,
como torrentes no deserto.
Os que lançam as sementes entre lágrimas
ceifarão com alegria.

Chorando de tristeza sairão,
espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão,
carregando os seus feixes!

Segunda Leitura

Monição: O Sacerdote, neste Ano Sacerdotal e em todos os anos da sua vida, deve, através de uma vida exemplar, pedir as bênçãos do Senhor em favor do Seu Povo.

Hebreus 5,1-6

Leitura da carta aos Hebreus. 5 1 Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. 2 Sabe compadecer-se dos que estão na ignorância e no erro, porque também ele está cercado de fraqueza. 3 Por isso, ele deve oferecer sacrifícios tanto pelos próprios pecados quanto pelos pecados do povo. 4 Ninguém se apropria desta honra, senão somente aquele que é chamado por Deus, como Aarão. 5 Assim também Cristo não se atribuiu a si mesmo a glória de ser pontífice. Esta lhe foi dada por aquele que lhe disse: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei”, 6 como também diz em outra passagem: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

O v. 1 é uma bela e válida síntese do que é ser sacerdote. Os vv. 1-4, começam por descrever as características gerais dum sumo sacerdote, um sacerdote do A. T., para depois demonstrar como Jesus cumpriu cabalmente as exigências desta figura de sacerdote. A leitura de hoje apenas desenvolve a última característica: a vocação divina (v. 4). Como Aarão, que foi escolhido por Deus (cf. Ex 28, 1), assim também Jesus não se arrogou por si próprio a honra de se tornar Sumo Sacerdote (v. 5), pois Ele, sendo o Filho de Deus anunciado no Salmo 2, 7, é constituído Sacerdote de uma natureza superior à do sacerdócio levítico, pois cumpre a figura do Salmo 110 (109), 4, um Salmo considerado messiânico pelos próprios judeus: «sacerdote para sempre à maneira de Melquisedec». Mais adiante explicar-se-á a razão da superioridade do sacerdócio de Melquisedec, no capítulo 7, de que vamos ter um pequeno trecho no próximo Domingo.

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Mais uma vez, a segunda leitura é tirada da carta aos Hebreus, precisamente da segunda parte (Hb 4,14-10,31), cujo foco central é o sacerdócio de Jesus Cristo. Certamente, os destinatários da carta – cristãos de origem judaica – tinham dificuldade em aceitar uma experiência de fé desvinculada do templo de Jerusalém, onde os sacerdotes tinham papel proeminente. Daí a insistência do autor em apresentar Jesus como sumo sacerdote, em grau superior aos do templo. O texto deste domingo faz parte de uma seção expositiva (Hb 5,1-10), na qual o autor descreve as características do sacerdócio do templo (v. 1-4) e, em seguida, aplica-as a Cristo, evidenciando sua superioridade (v. 5-10). A leitura não contempla a seção inteira, mas os versículos lidos são suficientes para demonstrar que Jesus é o sumo sacerdote por excelência.

O ideal de sacerdote do templo é marcado por três características básicas: I) ser tirado dentre os homens e instituído mediador entre Deus e a humanidade (v. 1); II) ter compaixão das pessoas pecadoras e oferecer sacrifícios pelos pecados de si mesmo e dos outros (v. 2-3); III) ser chamado por Deus, como Aarão (v. 4). Jesus possui credenciais superiores a essas: sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sua mediação é perfeita; sem pecado, fez-se solidário com os pecadores de todos os tempos, ofertando sua vida por amor ao Pai e à humanidade. Na condição de Filho de Deus, seu chamado precede qualquer outro (v. 5); seu sacerdócio não descende de Aarão, mas remonta a uma ordem mais antiga e única: a de Melquisedec (v. 6), uma figura misteriosa e sem descendência, desvinculado de qualquer instituição. Tudo isso demonstra a superioridade e perfeição da mediação de Jesus e, por conseguinte, do seu sacerdócio.

AMBIENTE

Continuamos, neste 30° Domingo do Tempo Comum, a ler a Carta aos Hebreus - uma reflexão destinada a comunidades cristãs em situação difícil, expostas a perigos vários e que, por isso mesmo, estão numa situação de fragilidade, de cansaço e de desalento. O objetivo do autor da Carta é ajudar esses cristãos a redescobrir o seu entusiasmo inicial, a revitalizar o seu compromisso com Cristo e a empenhar-se numa fé mais coerente e mais comprometida.
Nesse sentido, o autor desta reflexão convida os crentes a apreciar o mistério de Cristo, o sacerdote por excelência, que o Pai enviou ao mundo com a missão de convidar todos os homens a integrar a comunidade do Povo sacerdotal. Uma vez comprometidos com Cristo, os crentes - membros desse Povo sacerdotal - devem fazer da sua vida um contínuo sacrifício de louvor, de entrega e de amor. Ao lembrar aos crentes o seu compromisso com Cristo e com a comunidade do Povo sacerdotal, o autor oferece aos cristãos a base para revitalizarem a sua experiência de fé, enfraquecida pela hostilidade do ambiente, pela acomodação, pela monotonia.

O texto que nos é proposto está incluído na segunda parte da Carta aos Hebreus (cf. Heb 3,1-5,10). Aí, o autor apresenta Jesus como o sacerdote fiel e misericordioso que o Pai enviou ao mundo para mudar os corações dos homens e para os aproximar de Deus. Aos crentes pede-se que "acreditem" em Jesus - isto é, que escutem atentamente as propostas que Cristo veio fazer, que as acolham no coração e que as transformem em gestos concretos de vida.

MENSAGEM

No universo religioso judaico, o sumo-sacerdote ocupava o lugar cimeiro na hierarquia do clero do Templo e, de alguma forma, presidia à instituição sacerdotal. Era ele o único a entrar, uma vez no ano, no lugar mais sagrado do Templo ("Debir" ou "Santo dos Santos"), no solene "Dia das Expiações" ("Yom Kippurim"), com o sangue de um animal imolado, para aspergir o "propiciatório" ("kapporet") e conseguir o perdão de Deus para os pecados do Povo. Dessa forma, o sumo-sacerdote tornava-se o intermediário por excelência da relação entre os homens e Deus.

Para a mentalidade judaica, há três elementos fundamentais ligados à figura do sumo sacerdote. Em primeiro lugar, ele é um escolhido de Deus: o sumo-sacerdote não é alguém que, por sua iniciativa pessoal, se propõe para o cargo; mas é alguém a quem Deus chama e a quem confia esta missão (foi Deus que, por sua iniciativa, chamou Aarão e toda a sua descendência). Em segundo lugar, o sumo-sacerdote é um homem tomado de entre os homens: a sua humanidade não o torna inapto para uma missão tão sublime; pelo contrário, a fragilidade e debilidade que resultam da sua humanidade tornam-no apto para compreender os erros e os pecados dos outros homens por quem intercede. Em terceiro lugar, o sumo-sacerdote tem uma função mediadora: a sua missão é "oferecer dons e sacrifícios pelos pecados", apresentando diante de Deus o arrependimento dos homens e trazendo aos homens o perdão de Deus; dessa forma, ele refaz a relação dos homens com Deus.

Na perspectiva do autor da Carta aos Hebreus, Jesus é o sumo-sacerdote por excelência. Em primeiro lugar, porque Ele foi chamado e destinado por Deus a esta missão (apesar de não ser da linhagem do sacerdote Aarão); o fato de ser Filho de Deus dá ao seu sacerdócio uma categoria, uma dignidade e uma qualidade suprema, uma vez que o coloca em contato pessoal e íntimo com o Pai, dando dessa forma uma expressão mais completa a essa mediação que Ele é chamado a realizar entre Deus e os homens.

Em segundo lugar, porque Ele foi homem, também. Ao assumir a nossa humanidade, Ele experimentou a nossa debilidade e fragilidade e tornou-Se capaz de entender as nossas fraquezas e os nossos pecados e de Se tornar o nosso mediador e intercessor junto do Pai

A sua proximidade e intimidade com o Pai, por um lado, e a sua humanidade, por outro tornam-n'O, finalmente, o perfeito mediador e intercessor, capaz de restabelecer definitivamente a comunhão entre Deus e os homens. De fato, Ele veio ao nosso encontro, mostrou-nos o amor do Pai, convidou-nos a eliminar o egoísmo e o pecado que nos afastavam da comunhão com Deus, chamou-nos a integrar a família de Deus e ensinou-nos o que fazer para sermos filhos de Deus.

ATUALIZAÇÃO

• Ao apresentar Jesus como o sumo-sacerdote, chamado pelo Pai e enviado ao mundo para libertar os homens do egoísmo e do pecado e para os conduzir à comunhão com Deus, o autor da Carta aos Hebreus convida-nos (todos os textos que a liturgia deste domingo nos propõe apontam no mesmo sentido) a contemplar a grandeza do amor que Deus nos dedica. A contemplação da encarnação de Jesus e de tudo o que Ele realizou enquanto percorreu os caminhos e aldeias da Palestina fala-nos de um amor sem limites, expresso em gestos concretos e que culmina na entrega total, na cruz. A nós resta-nos olhar para Jesus, escutá-l’O, aceitar a sua proposta, banir da nossa vida o egoísmo e o pecado, segui-l'O nesse caminho do dom e da entrega que irá levar-nos a integrar a família de Deus e a possuir a vida verdadeira.
• Para o autor do nosso texto, ao assumir a nossa humanidade, Jesus experimentou a nossa fragilidade, a nossa debilidade, a nossa dependência; tornou-Se, portanto, capaz de compreender os nossos erros e falhas e de olhar para as nossas insuficiências com bondade e misericórdia. Para a nossa vida concreta, há duas conseqüências que resultam daqui... A primeira leva-nos à confiança e à esperança: junto de Deus nosso Pai, temos um intercessor que entende as nossas dificuldades e que, apesar das nossas falhas, continua apostado em integrar-nos na família de Deus. A segunda leva-nos ao compromisso com os irmãos: a solidariedade de Cristo conosco convida-nos à solidariedade com os pequenos, com os últimos, com os pobres, com aqueles que o mundo rejeita e marginaliza; convida-nos a identificarmo-nos com os sofrimentos e angústias, com as alegrias e esperanças de cada homem ou mulher; convida-nos a fazer o que estiver ao nosso alcance para promover aqueles que são humilhados, explorados, incompreendidos, colocados à margem da vida ...
• Os planos de Deus para salvar e libertar os homens concretizaram-se porque Cristo, o Filho, assumiu os projetos do Pai e viveu sempre na obediência incondicional às propostas de Deus. Hoje, os projetos de salvação e de libertação que Deus tem para os homens continuam a concretizar-se através daqueles que aderiram a Jesus e querem, como Ele, viver na estrita obediência aos planos de Deus. Sinto-me, como Jesus, testemunha da salvação de Deus diante dos meus irmãos? ° meu egoísmo e a minha acomodação alguma vez me desviaram do cumprimento dos projetos de Deus? Aqueles que eu encontro, a cada passo, nos caminhos do mundo, têm encontrado em mim uma proposta credível de vida e de libertação?

Subsídios:
2ª leitura: (Hb 5,1-6) Jesus, Sacerdote escolhido entre os homens – A partir do cap. 5, Hb explicita a ideia de Cristo Sumo Sacerdote, expressa programaticamente em 4,14-16. Como mediador (pontí-fice) entre Deus e o homem, o sumo sacerdote no A.T. devia: 1) comiserar-se do homem fraco (5,1-2); 2) ser eleito por Deus (5,4). Jesus dá pleno e transcendente cumprimento a estas exigências. Sua comiseração mostra-se, sobretudo, na sua agonia (5,7). Sua vocação por Deus é ilustrada por duas citações dos Salmos (Sl 2 e 110[109]), entendidos no sentido messiânico, cumprindo-se em Jesus Cristo, Filho de Davi, o salmista. * 5,1-2 cf. Hb 8,3; 2,17; 4,15 * 5,3-4 cf. Lv 9,7; 16,6; Ex 28,1 * 5,5-6 cf. Sl 2,7; 110[109],4.

Aclamação ao Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, salvador, destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Evangelho

Monição: Jesus atende a prece do cego Bartimeu que Lhe pede a cura. Peçamos nós também ao Senhor para que nos ajude a ver bem o caminho que Ele nos aponta.

Marcos 10,46-52

— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos. — Glória a vós, Senhor! Naquele tempo, 10 46 Jesus e seus discípulos chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu. 47 Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim!" 48 Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: "Filho de Davi, tem compaixão de mim!" 49 Jesus parou e disse: "Chamai-o" Chamaram o cego, dizendo-lhe: "Coragem! Levanta-te, ele te chama." 50 Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele. 51 Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: "Que queres que te faça?” “Rabôni”, respondeu-lhe o cego, “que eu veja!” 52 Jesus disse-lhe: “Vai, a tua fé te salvou." No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho.
— Palavra da Salvação!
— Glória a Vós, Senhor!

A vivacidade da narração e o colorido próprio do Evangelho de S. Marcos encontram aqui um exemplo típico. Assim há uma série de pormenores que não aparecem nos relatos paralelos de Mateus e Lucas: a referência aos discípulos (v. 46), o nome do cego com a sua respectiva tradução (v. 46), as palavras que dizem os que chamam o cego (v. 49: «Coragem! Levanta-te que Ele está a chamar-te»), e também o gesto de o cego largar a capa e de se levantar dum salto (v. 50), bem como a forma de ele se dirigir a Jesus com a delicada expressão «rabbuní» (v. 51), em vez da forma seca rabbí. Todos estes pormenores, bem como aqueles que são comuns aos restantes Sinópticos, reforçam o valor histórico do Evangelho, especialmente a referência ao nome do miraculado, coisa rara nos relatos evangélicos. S. Marcos não foi certamente uma testemunha ocular do fato, mas, ao registar todos estes detalhes, teve em conta o Evangelho como era pregado por Pedro, de quem foi companheiro e colaborador, que Papias chama «o intérprete de Pedro».

Na passagem paralela, S. Mateus fala de dois cegos que Jesus curou, ao sair de Jericó. S. Lucas fala da cura de um, ao entrar em Jericó, ao passo que S. Marcos diz: «Quando Jesus ia a entrar em Jericó» (v. 46). Se queremos valorizar todos estes pormenores, podemos recorrer à explicação habitual da discrepância: trata-se de dois cegos diferentes; e S. Mateus, de acordo com o seu hábito de sintetizar e simplificar, fala da cura dos dois de uma só vez, quando saía de Jericó.

A insistência dos Evangelhos na cura de invisuais – com mais de uma dezena de referências – parece que se deve não apenas à freqüências deste tipo de doentes, mas também a uma intenção teológica dos evangelistas, de modo a que assim fique patente que Jesus é a luz do mundo, como aparece expressamente no capítulo 9 de S. João na cura do cego (Jo 9, 5; cf. Jo 1, 9; 8, 12; 12, 35-36). Jesus vem iluminar os corações com a luz da fé – «a tua fé te salvou» (v. 52) – vem curá-los, purificando-os; com efeito «o fundo dos olhos é o coração» (R. Guardini); e, sem um coração limpo, não há olhos sãos. Também se pode ver uma intenção didática no pormenor de mostrar como o cego deixa de estar à beira do caminho (v. 46), para «seguir Jesus pelo caminho» (v. 52); este é o rumo que toma quem se deixa curar por Jesus; «caminho» tornou-se mesmo uma expressão para designar a fé e a vida cristã (cf. At 9, 2; 18, 25.26; 19, 9.23; 22, 4; 24, 14).

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O Evangelho desta liturgia corresponde à etapa final do caminho de Jesus com seus discípulos para Jerusalém e compreende o último milagre realizado, conforme a narrativa de Marcos: a cura do cego Bartimeu. Com esse episódio, o evangelista denuncia a incoerência dos discípulos e indica a transformação pela qual eles devem passar. Com efeito, durante o caminho, Jesus anunciou seu destino de Messias sofredor e apresentou as condições indispensáveis para seu seguimento, como a humildade, a acolhida aos pequeninos, o serviço e a coragem de dar a vida por sua causa e pelo Evangelho. Enquanto isso, os discípulos cultivavam pretensões triunfalistas, praticavam proselitismo, alimentavam ambição e rivalidades; enfim, viviam um estado de completa cegueira diante do que Jesus ensinava.

Como foi ressaltado nos domingos anteriores, o caminho é um lugar privilegiado para a catequese e a vida da comunidade. Representa a exposição aos riscos e perigos, bem como a abertura ao diálogo e ao encontro com o diferente; é a imagem da Igreja em saída. No caminho, acontecem encontros transformadores, em meio a situações como a descrita no Evangelho desta liturgia: o cego Bartimeu sentado à beira do caminho, na saída da cidade de Jericó (v. 46). Esse é o único caso, no Evangelho de Marcos, em que uma pessoa necessitada de cura é chamada pelo nome. Por ser cego, era uma pessoa excluída, restando-lhe somente as margens da sociedade e a mendicância para a sobrevivência.

Bartimeu era um cego que queria ver, ao contrário dos discípulos de Jesus. Era consciente da sua condição e buscava superá-la. Por isso, ao saber que Jesus estava passando por perto, gritou-lhe, suplicando piedade e demonstrando grande fé e esperança (v. 47). De sua parte, as pessoas que acompanhavam Jesus queriam monopolizá-lo, repreendendo Bartimeu, que não se deixou intimidar e gritou ainda mais forte sua súplica (v. 48). Jesus, contudo, não se deixa controlar por ninguém; nenhum grupo ou instituição pode determinar seu agir; para ele, não é incômodo interromper o caminho para dar atenção a uma pessoa necessitada e excluída. Ele mesmo chama para perto de si as pessoas marginalizadas pela sociedade e pela religião (v. 49).

A atitude do cego diante do convite de Jesus mostra o entusiasmo e a alegria de quem tem fé, esperança e pressa pela transformação (v. 50). Jogar o manto significa a capacidade de renúncia, uma das exigências de Jesus para seu seguimento. O manto era tudo o que o cego possuía. Não era muita coisa, mas, por ser tudo o que tinha, poderia tornar-se empecilho. A renúncia ao manto, portanto, tornou o cego uma pessoa livre. Por isso, ele deu um pulo, um gesto que expressa alegria e, ao mesmo tempo, liberdade conquistada. O pulo do cego é um salto qualitativo na sua vida, marco do encontro transformador com Jesus.

Apesar de conhecer as necessidades do cego, Jesus pergunta o que ele quer, para criar relação e gerar intimidade. Reconhecendo Jesus como Mestre, o cego responde que deseja ver (v. 51). Ver era a necessidade de todos os que acompanhavam Jesus, mas somente Bartimeu foi capaz de reconhecer isso. Por conseguinte, foi transformado; curado pela própria fé, sem a necessidade de gestos e sinais extraordinários (v. 52a). E logo se tornou discípulo (v. 52b). Em todo o Evangelho, mas sobretudo neste relato, ver significa dar adesão a Jesus e ao seu projeto, tornando-se um imperativo para o discipulado e a missão. É isso o que torna a cura de Bartimeu um episódio tão paradigmático.

AMBIENTE

O Evangelho deste domingo propõe-nos a última etapa desse caminho (geográfico, mas também espiritual) que Jesus iniciou com os discípulos na Galiléia e que irá levá-l’O a Jerusalém, ao encontro da paixão, morte e ressurreição. É a última cena de um percurso que não tem sido fácil e no qual os discípulos, como cegos, se aferram às suas ideias e projetos próprios, recusando-se a entender e a aceitar que o caminho do Reino deva passar pela cruz e pelo dom da vida.

O episódio que hoje nos é proposto situa-nos à saída da cidade de Jericó. Jericó, a "cidade das Palmeiras", é um oásis situado na margem do rio Jordão, a norte do Mar Morto, e que dista cerca de 30 quilômetros de Jerusalém. Na época de Jesus, era uma cidade relativamente importante, onde Herodes, o Grande, tinha edificado um luxuoso palácio de Inverno.

Além de Jesus, Marcos coloca no centro da cena um mendigo cego com o nome de Bartimeu ("filho de Timeu"). Este nome, meio aramaico ("bar") e meio grego ("timaios"), é um nome perfeitamente não usual no ambiente hebraico-palestinense onde a história é situada (nunca aparece entre os cerca de 2.000 nomes próprios que ocorrem no Antigo Testamento); aos leitores romanos de Marcos, contudo, o nome devia evocar o "Timeo", um dos mais conhecidos "diálogos" de Platão. Alguns autores pensam que, mais do que um personagem histórico, o cego Bartimeu seria uma figura simbólica.

Os "cegos" faziam parte do grupo dos excluídos da sociedade palestina de então. As deficiências físicas eram consideradas - pela teologia oficial - como resultado do pecado. Segundo a concepção da época, Deus castigava de acordo com a gravidade da culpa. A cegueira era considerada o resultado de um pecado especialmente grave: uma doença que impedisse o homem de estudar a Lei era considerada uma maldição de Deus por excelência. Pela sua condição de impureza notória, os cegos eram impedidos de servir de testemunhas no tribunal e de participar nas cerimônias religiosas no Templo.

MENSAGEM

É natural que Jesus tenha encontrado, quando saía de Jericó, um cego que mendigava junto da estrada... No entanto, parece claro que, à volta desse acontecimento fundamental, Marcos construiu uma catequese para os seus leitores. Quem é, na catequese de Marcos, este "cego" que Jesus encontra ao longo do caminho, quando se dirige para Jerusalém? Ele representa todos esses a quem a teologia oficial considerava pecadores, malditos, impuros, marginais, longe de Deus e da sua proposta de salvação.

O cego da nossa história está sentado à beira do caminho, provavelmente a pedir esmola. O estar sentado significa acomodação, instalação, conformismo. Ele está privado da luz e da liberdade e está conformado com a sua triste situação, sabendo que, por si só, é incapaz de sair dela. O pedir esmola (o texto refere explicitamente a sua condição de mendigo - verso 46) indica a situação de escravidão e de dependência em que o homem se encontra.

Contudo, a passagem de Jesus de Nazaré dá ao cego a consciência da sua situação de miséria, de dependência, de escravidão. Então, Bartimeu percebe o sem sentido da sua situação e sente a vontade de apostar numa outra experiência. A passagem de Jesus na vida de alguém é sempre um momento de tomada de consciência, de questionamento, de desafio, que leva a pôr em causa a vida velha e a sentir o imperativo de ir mais além ... No entanto, Bartimeu está consciente da sua debilidade e sente que, sem a ajuda de Jesus, continuará envolvido pelas trevas da dependência, da escravidão, da instalação ... Por isso, pede: "Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim" (vers. 47). O título "filho de David" é um título messiânico. Portanto, Bartimeu vê em Jesus esse Messias libertador que, segundo a mentalidade judaica, havia de vir não só para salvar Israel dos opressores, mas também para dar vida em plenitude a cada membro do Povo de Deus.

Antes de referir a intervenção de Jesus, Marcos dá conta da reação dos que estão à volta de Jesus: repreendiam o cego e queriam fazê-lo calar (vers. 48). Quando alguém encontra Jesus e resolve deixar a vida antiga para aderir ao Reino que Jesus veio propor, encontra sempre resistências (que vêm, por vezes, dos familiares, dos amigos, dos colegas). Estes que repreendem e mandam calar o cego representam, portanto, todos aqueles que colocam obstáculos a quem quer deixar a sua situação de miséria e de escravidão para aderir à proposta libertadora que Cristo faz. No entanto, a oposição não só não desarma o cego, como o leva a gritar ainda mais forte: "filho de David, tem misericórdia de mim" ... A incompreensão ou a oposição dos homens nunca fazem desistir aquele que viu Jesus passar e que viu n'Ele uma proposta de vida e de liberdade.

Jesus parou e mandou chamar o cego. A cena recorda-nos os relatos do chamamento dos discípulos (cf. Mc 1,16-20; 2,14; 3,13). Os mediadores que transmitem ao cego as palavras de Jesus dizem-lhe: "coragem, levanta-te que Ele chama-te" (vers. 49). Ou seja: deixa a tua situação de miséria, de escravidão e de dependência, porque Jesus chama-te. O chamamento é sempre, nestes casos, a tornar-se discípulo, a seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida.

Em resposta, o cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus (vers. 50). A capa podia estar colocada debaixo do cego, como almofada, ou nos seus joelhos, para recolher as moedas que lhe atiravam; em qualquer caso, a capa é tudo o que um mendigo possui, a única coisa de que ele pode separar-se (outros deixaram o barco, as redes ou a banca onde recolhiam impostos). O deitar fora a capa significa, portanto, o deixar tudo o que se possui para ir ao encontro de Jesus. É um corte radical com o passado, com a vida velha, com a anterior situação, com tudo aquilo em que se apostou anteriormente, a fim de começar uma vida nova ao lado de Jesus.

Jesus perguntou ao cego: "que queres que te faça?". É a mesma pergunta que, pouco antes, Jesus fizera a João e Tiago (cf. Mc 10,36). A identidade da pergunta acentua, contudo, a diferença da resposta ... Os dois irmãos queriam sentar-se ao lado de Jesus e ver concretizados os seus sonhos de grandeza e de poder; o cego Bartimeu, ao contrário, cansado de estar sentado numa vida de escravidão e de cegueira, quer encontrar a luz para seguir Jesus (vers. 51).

Jesus responde a Bartimeu: "vai, a tua fé te salvou" (vers. 52). A fé não é a simples adesão a determinadas verdades abstratas, que o crente aceita acriticamente; mas, no contexto neo-testamentário, a fé é a adesão a Jesus e à sua proposta de salvação. Por isso, Marcos termina a sua história dizendo que o cego recuperou a vista e seguiu Jesus - isto é, fez-se discípulo de Jesus. Ao aderir a Jesus e à sua proposta de salvação, ao aceitar seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida (Jesus prepara-Se para entrar em Jerusalém, onde vai fazer dom da sua vida em favor dos homens), Bartimeu encontrou a salvação: deixou a vida da escuridão, da escravidão, da dependência em que estava e nasceu para essa vida verdadeira e eterna que, através de Jesus, Deus oferece aos homens.

O cego Bartimeu que encontráramos a mendigar, sentado à beira do caminho, à saída de Jericó representava, inicialmente, os pecadores que viviam longe de Deus e à margem da salvação. Depois de encontrar Jesus, Bartimeu transforma-se e torna-se o protótipo do verdadeiro discípulo ... Destinatário privilegiado da proposta de salvação que Jesus traz, ele proclama sem hesitações a sua fé, invoca a ajuda e a misericórdia de Jesus, acolhe sem hesitações o chamamento que lhe é feito, liberta-se da vida velha e, com alegria, decisão e entusiasmo, aceita, sem condições, seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. É com Bartimeu que os discípulos de Jesus são convidados a identificar-se.

ATUALIZAÇÃO

• A situação inicial do cego Bartimeu (que jaz na escuridão, dependente, acomodado, conformado) evoca uma realidade que conhecemos bem ... Evoca a condição do homem escravo, prisioneiro do egoísmo, do orgulho, dos bens materiais, da preguiça, da vaidade, do êxito; evoca a condição daquele que está acomodado na sua situação de miséria, instalado nos seus preconceitos e projetos pessoais, conformado com uma vida de horizontes limitados; evoca a condição daquele que se sente refém dos seus vícios, hábitos e paixões e que sente a sua incapacidade em romper, por si só, as cadeias que o impedem de ser livre... Esta situação será uma situação insuperável, a que o homem está condenado de forma permanente?
• A Palavra de Deus que nos é proposta garante-nos que a situação do homem cego, prisioneiro da escuridão, não é uma situação incontornável, obrigatória, sem remédio ... Jesus veio ao mundo, enviado pelo Pai, com uma proposta de libertação destinada a todos aqueles que procuram a luz e a vida verdadeira. Esse Jesus de Nazaré que Se cruzou com o cego à saída de Jericó continua a cruzar-Se hoje, de forma continuada, com cada homem e com cada mulher nos caminhos da vida e oferece-lhes, sem cessar, a proposta libertadora de Deus ... É preciso, no entanto, que não nos fechemos no nosso egoísmo e na nossa auto-suficiência, surdos e cegos aos apelos de Deus; é preciso que as nossas preocupações com os valores efêmeros não nos distraiam do essencial; é preciso que aprendamos a reconhecer os desafios de Deus nesses acontecimentos banais com que, tantas vezes, Deus nos interpela e questiona ...
• O que é que implica aceitar a proposta que Jesus faz? Fundamentalmente implica - como aconteceu com Bartimeu - tornar-se discípulo ... Ser discípulo de Jesus é aderir à sua pessoa, acolher os seus valores, viver na obediência aos projetos do Pai, fazer da vida um dom de amor aos irmãos; é solidarizar-se com os pequenos, com os pobres, com os perseguidos, com os marginalizados e lutar por um mundo onde todos sejam acolhidos como filhos de Deus, iguais em direitos e em dignidade; é lutar contra as estruturas que geram injustiça, opressão e morte; é ser testemunha, com palavras e com gestos, da verdade, da justiça, da paz, da reconciliação. Quem aceita seguir o caminho do discípulo escolhe viver na luz e está a contribuir para a construção de um mundo novo.
• Quando reconhecemos o "chamamento" de Deus, qual deve ser a nossa resposta?
Bartimeu, logo que ouviu dizer que Jesus o chamava, atirou fora a sua capa e correu ao encontro de Jesus. O gesto de Bartimeu representa, aqui, a renúncia imediata à vida antiga, ao egoísmo, ao comodismo, à escravidão, aos comportamentos incompatíveis com a adesão a Cristo e a esse caminho novo que Jesus o convida a percorrer. É isso, também, que é pedido a todos aqueles a quem Jesus chama à vida nova ...
• Na história do encontro de Bartimeu com Cristo, aparecem outros personagens, com papéis vários. Uns constituem obstáculos à adesão de Bartimeu a Cristo; outros apresentam-se como intermediários entre Cristo e Bartimeu e transmitem ao cego as palavras de Jesus... Este fato serve para nos tornar conscientes do papel daqueles que nos rodeiam no nosso caminho da fé ... Ao longo da nossa caminhada, encontraremos sempre pessoas que nos ajudam a ir ao encontro de Cristo e pessoas que (muitas vezes com óptimas intenções) tentam impedir-nos de encontrar Cristo. Precisamos de aprender a discernir entre as várias opiniões que nos são propostas e a dar a devida importância a quem nos ajuda a descobrir o caminho para a verdadeira vida.
• Quem encontra Cristo e aceita o desafio para viver como discípulo tem, a partir daí, um caminho fácil? De forma nenhuma. Tem de abandonar a vida cômoda e instalada em que vivia e enfrentar uma nova realidade, num desafio permanente, num questionamento constante; tem de aprender a enfrentar as críticas, as incompreensões, os confrontos com aqueles que não compreendem a sua opção; tem de percorrer, dia a dia, o difícil caminho do amor, do serviço, da entrega, do dom da vida ... É preciso, no entanto, que o discípulo esteja consciente de que o caminho de Jesus não é um caminho que leva à morte, mas é um caminho que leva à ressurreição, à vida verdadeira e eterna.

Subsídios:
Evangelho: (Mc 10,46-52) Fé do cego e comiseração do “filho de Davi” – Último milagre de Jesus em Mc, fim de sua caminhada a Jerusalém. Os discípulos continuam cegos (cf. a sequência significativa de 8,14-21 e 8,22-26). Mesmo na hora da cruz, um pagão deverá proclamar a profissão de fé em Jesus, Filho de Deus (15,39). O cego de Jericó faz contraste com os discípulos, que, com a multidão, o querem afastar de Jesus (10,46). Ele, que se sabe cego, invoca o “Filho de Davi” (= Messias; cf. 2Sm 7,12-16), vê e segue Jesus, tornando-se verdadeiro discípulo. * Cf. Mt 20,29-34; Lc 18,35-43 * 10,48 cf. Mc 11,9-10 * 10,51-52 cf. Jo 20,16; Mc 5,34; Mt 9,22; Lc 7,50.

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Embora caminho do Servo Padecente, a subida de Jesus a Jerusalém não deixa de ser, também, a chegada do Messias. Se, nos domingos anteriores, a liturgia acentuou, no paradoxal messianismo de Jesus, o lado da aniquilação, hoje ela insiste num sinal messiânico evidente: a cura de um cego (evangelho). A revelação de Jesus como messias “diferente” surge, portanto, da dialética entre o que se esperava do Messias e o que não se esperava dele. Depois da incompreensão dos discípulos em Mc 8,14-21, Jesus se manifesta como Messias abrindo os olhos ao cego de Betsaida (8,22-26). Se, por um lado, Jesus proíbe a publicidade (8,26), por outro, os “iniciados” (os discípulos) já viram bastante para que, logo depois, Pedro profira a profissão de fé: “Tu és o Messias” (8,29). Mas ele não sabe o que isso significa, pois ele pensa em categorias humanas (8,33).

Ao fim das predições da Paixão, secção em que os discípulos são ensinados a respeito da natureza da missão do Cristo, embora sem a entender plenamente (8,27–10,52), Jesus cura novamente um cego: Bartimeu, o cego de Jericó. A este, Jesus não lhe proíbe publicar o acontecido; pelo contrário, o homem “segue Jesus”. Pois é chegada a hora de revelar seu messianismo, não só aos iniciados, mas à multidão reunida em Jerusalém. A cura de Bartimeu acontece na saída de Jesus de Jericó, na direção de Jerusalém, onde Jesus será acolhido, logo depois, como o rei messiânico (embora a multidão em 11,1ss saiba o que isso implica...). Portanto, podemos dizer que, ao abrir os olhos a Bartimeu, Jesus deixa entrever seu messianismo a todo o povo de Israel.

Abrir os olhos dos cegos era um sinal messiânico de destaque. A 1ª leitura traz uma profecia, escrita por Jr para animar o “resto de Israel”, as tribos do Norte, deportados pelos assírios em 721 a.C., sugerindo-lhes a perspectiva da volta (pois no tempo de Josias, ao iniciar Jeremias seu ministério profético, a Assíria estava muito fraca e Josias reconquistando a Samaria). As tribos serão reunidas. Mesmo os cegos e coxos estarão aí. Bartimeu é o representante desta profecia, quando Jesus sai de Jericó, na direção de Jerusalém, centro da antiga Aliança.

Mas, Bartimeu é também o protótipo dos que querem ver. Esta é a condição para a salvação. Ele é salvo, porque tem fé (10,52). Ele a demonstrou de modo palpável, insistindo em chamar a atenção de Jesus, apesar das reprimendas da multidão e dos próprios discípulos. Ele invoca Jesus como Messias (“Filho de Davi”), em plena multidão, e Jesus confirma sua invocação pelo atendimento que lhe concede. Pressentimos aqui as multidões de Jerusalém aclamando Jesus como o que traz presente o “Reino de nosso pai Davi” (11,10). Mas, apesar de todo o entusiasmo, ele continuará seu caminho até o Gólgota.

A liturgia dos domingos do tempo comum não acompanha Jesus no resto do caminho da cruz: a Semana Santa é que faz isto. Portanto, será bom, neste 30º domingo, fazer uma meditação sintética sobre este caminho, que há alguns domingos estamos acompanhando. Caminho paradoxal, de sinais e desconhecimento, fé e incompreensão, entusiasmo e aniquilação... Cada um traz em si alguma esperança messiânica, alguma utopia. Será que ela corresponde ao critério de Cristo, que mostra ser, ao mesmo tempo, a negação e a plenitude daquilo que esperamos? Para receber em plenitude, precisamos admitir uma revisão daquilo que esperamos. Talvez seja isso que sugere aoração da missa: amar o que Deus ordena e receber o que ele promete.

A 2ª leitura é semelhante à de domingo passado. Situa o ser sacerdote de Jesus na sua solidariedade com os homens e com Deus ao mesmo tempo. Participando de nossa condição, santifica-a. É o pontí-fice por excelência. Não Jesus mesmo, mas também nenhuma instituição humana, lhe conferiu este poder. Ele pertence a uma linhagem sacerdotal que supera até a de Aarão, por ser primeira e de origem desconhecida, misteriosa: a linhagem de Melquisedec (cf. 14,18-20).

SERÁ QUE FINALMENTE ENXERGAMOS?

Nos domingos anteriores acompanhamos Jesus e os apóstolos na caminhada rumo a Jerusalém, que foi, como vimos, uma grande instrução sobre seguir Jesus e assumir a cruz. E vimos também que essa instrução encontrou cabeças duras, impenetráveis... Mc emoldurou toda a secção 8,27–10,45 (da proclamação messiânica de Jesus por Pedro até o 3º anúncio da paixão e a correspondente lição) entre dois milagres simbólicos, duas curas de cego. Na primeira, Mc 8,22-26, o trabalho era duro: Jesus teve de repetir seu gesto de cura. Já depois da instrução do caminho, em Mc 10,46-52, a cura se dá com maior facilidade, e o homem curado é admitido na companhia de Jesus para segui-lo até Jerusalém (pois o fato ocorreu em Jericó, início da última etapa da viagem). Mc registra até o nome do cego, Bartimeu, provavelmente conhecido entre os primeiros cristãos.

Mesmo no fim do caminho, os apóstolos não compreenderam, mas um cego chegou a ver com clareza, para seguir Jesus pelo caminho. Compreender Jesus não é uma questão de status na Igreja (aqueles apóstolos que queriam ocupar os primeiros lugares), mas de deixar-se transformar por Jesus. Aliás, no ponto final da caminhada de Jesus, no Gólgota, os apóstolos vão primar pela ausência; só vamos encontrar aí as mulheres que acompanharam Jesus pelo caminho. Portanto, o seguimento radical de Jesus pelo caminho até a cruz não é privilégio do clero...

Que os cegos veem e os coxos saltam e caminham é um sinal do tempo messiânico. A 1ª leitura de hoje o anuncia pela boca do profeta Jeremias. Este imaginou o tempo da salvação como a volta dos israelitas deportados para Jerusalém, com inclusão de cegos e coxos. Assim, o cego de Jericó, que aclama Jesus como “filho de Davi” (= Messias), vai participar da entrada de Jesus em Jerusalém e juntar sua voz à da multidão, que vai saudar Jesus com essa mesma saudação messiânica (Mc 11,9-10). No dia do Messias, o Messias e os cegos entram juntos na cidade de Deus...

Será que nós nos deixamos abrir os olhos para seguir o Messias na etapa decisiva de sua caminhada? Para isso, precisamos saber que somos cegos: não temos, por nós mesmos, a capacidade de seguir Jesus no seu caminho messiânico, caminho de amor e justiça radicais. Muitas vezes somos tão obcecados pelas miragens do progresso e do consumo que nem suspeitamos de nossa cegueira. Mas o cego de Jericó invoca Cristo, é por ele curado e segue-o no caminho que outros, em condições bem melhores, não quiseram seguir (por exemplo, o homem rico...). Imagem de nossa sociedade, de nossa cristandade. O povo dos pobres, submerso nas trevas da opressão econômica e da dominação cultural, que lhes impede ter uma visão do que está acontecendo, encontra em Jesus quem lhe abre os olhos, de modo que possa segui-lo, desimpedido e participando com ele, até a cruz que liberta os irmãos e irmãs.

(Parte do Roteiro Homilético foi elaborada pelo Pe. Johan Konings SJ – Teólogo, doutor em exegese bíblica, Professor da FAJE. Autor do livro "Liturgia Dominical", Vozes, Petrópolis, 2003. Entre outras obras, coordenou a tradução da "Bíblia Ecumênica" – TEB e a tradução da "Bíblia Sagrada" – CNBB. Konings é Colunista do Dom Total. A produção do Roteiro Homilético é de responsabilidade direta do Pe. Jaldemir Vitório SJ, Reitor e Professor da FAJE.)

III. PISTAS PARA REFLEXÃO:

— Refletir sobre as leituras e relacioná-las com o tema do Dia Mundial das Missões: “Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos!” (At 4,20). É preciso ver o agir de Deus na história e anunciar, bem como é necessário ver as estruturas e situações que impedem esse agir e denunciá-las corajosamente. Rezar pelas missões nas mais diversas dimensões. Recordar que toda pessoa batizada é discípula e missionária de Jesus Cristo.


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Sugestões para a homilia

ATENÇÃO: Na página do Evangelho do Dia aqui no NPDBRASIL, no final de cada Liturgia Diária você encontra mais 3 sugestões de Homilias Diárias. Veja também o Comentário Exegético e mais sugestões de Homilias no índice das Liturgias Dominicais na página Homilias e Sermões.

Amemos o Senhor

Desde sempre o Senhor pensou em nós. Ofereceu-nos a vida na Terra para cumprirmos a missão que nos confiou.

Para nos salvar deu a vida por nós, morrendo pregado na Cruz (Primeira Leitura).

Quem ousará virar-Lhe as costas e seguir em sentido contrário?!…

Procuremos corresponder a tanto amor por nós amando-O com todo o coração.

Ao amá-l’O estamos a dizer não ao pecado. Estamos a evitar tudo aquilo que O ofende nos outros: a injustiça, o ódio, a inveja… Desejamos cumprir sempre e em toda a parte a Sua vontade. Preferimos praticar o bem e a virtude. Queremos ajudar os outros para que se sintam felizes como nós.

Amemos os irmãos

Há muitas pessoas que não vêem como nós a realidade. Temos de respeitá-las e compreendê-las, como nos ensina São Paulo na Segunda Leitura. Não deixemos, porém, de as ajudar a seguir o caminho reto.

Por vezes o ambiente que respiramos de hedonismo, materialismo, relativismo pode ofuscar a Luz que ilumina a nossa vida.

Nessas ocasiões é bom que cada um de nós grite como o cego Bartimeu: «Mestre, que eu veja!» (Evangelho).

O Senhor atenderá a nossa prece. O Senhor far-nos-á preferir a humildade ao orgulho. O Senhor não nos deixará cair nas seduções do mundo e do demônio. O Senhor irá conosco ao encontro dos que sofrem, dos que estão cansados de viver, dos que esperam uma presença desinteressada mas amiga. O Senhor servir-se-á de nós para salvar a humanidade.

Tornemos o mundo melhor

Quando observamos o mundo atual ficamos perplexos com o horror dos atentados e guerras que causam a destruição e a morte.

Porque não se deixam viver crianças que encheriam as nossas comunidades de encanto e ternura e porque se marginalizam idosos que continuam a ensinar com a experiência e a sabedoria adquiridas ao longo da vida?

Cristo veio até nós há dois mil anos. Enviou Sua Mãe a Fátima em 1917, indicando o caminho da conversão, da esperança e da paz.

Não adiemos para mais tarde aquilo que nos compete cumprir agora. As gerações futuras não nos perdoariam se cruzássemos os braços sem nada fazer para tornarmos o mundo melhor.

Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Religiosos e Leigos, em união com o Santo Padre, vivamos com muito amor a nossa vocação neste ano sacerdotal e sempre!

Os que viveram antes de nós e foram coerentes com a sua fé, muitos deles até ao martírio, animam-nos a prosseguir sem desânimos porque depois da Terra teremos o Céu para sempre.

Fala o Santo Padre

Queridos irmãos e irmãs!

No Evangelho deste Domingo (Mc 10, 46-52) lemos que, enquanto o Senhor passa pelas estradas de Jericó, um cego chamado Bartimeu se dirige a Ele gritando: «Filho de David, Jesus, tende piedade de mim!». Esta oração comove o coração de Cristo, que pára, o manda chamar e o cura.

O momento decisivo foi o encontro pessoal, direto, entre o Senhor e aquele homem que sofre. Encontram-se um diante do outro: Deus com a sua vontade de curar e o homem com o seu desejo de ser curado. Duas liberdades, duas vontades convergentes: «Que queres que Eu te faça?», pergunta o Senhor. «Que eu recupere a vista!», responde o cego. «Vai, a tua fé te salvou». Com estas palavras realiza-se o milagre. Alegria de Deus, alegria do homem. E Bartimeu, vindo à luz narra o Evangelho «começou a segui-lo no seu caminho»: isto é, torna-se um discípulo e sobe com o Mestre a Jerusalém, para participar com Ele no grande mistério da salvação. Esta narração, na essência da sua sucessão, recorda o itinerário do catecúmeno rumo ao Sacramento do Batismo, que na Igreja era também chamado «iluminação».

A fé é um caminho de iluminação: parte da humildade de se reconhecer necessitados de salvação e chega ao encontro pessoal com Cristo, que chama a segui-l’O pelo caminho do amor. Sobre este modelo se orientam na Igreja os itinerários de iniciação cristã, que preparam para os sacramentos do Batismo, da Confirmação (ou Crisma) e da Eucaristia. Nos lugares de antiga evangelização, onde está difundido o Batismo das crianças, são propostas aos jovens e aos adultos experiências de catequese e de espiritualidade que permitem percorrer um caminho de redescoberta da fé de maneira madura e consciente, para assumir depois um coerente compromisso de testemunho.

Como é importante o trabalho que os Pastores e os catequistas realizam neste campo! A redescoberta do valor do próprio Batismo está na base do compromisso missionário de cada cristão, porque vemos no Evangelho que quem se deixa fascinar por Cristo não pode viver sem dar testemunho da alegria de seguir os seus passos. Neste mês de Outubro, compreendemos ainda mais que, precisamente em virtude do Batismo, possuímos uma vocação missionária conatural.

Invocamos a intercessão da Virgem Maria, para que se multipliquem os missionários do Evangelho. Intimamente unido ao Senhor, cada batizado sinta a chamada para anunciar a todos o amor de Deus, com o testemunho da própria vida.

Bento XVI, Ângelus, 29 de Outubro de 2006


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)

1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 30° Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-Ia pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo ... Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa ... Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.

2. BILHETE DE EVANGELHO.
Jesus encontrou obstáculos na sua vida pública: incompreensões dos chefes dos sacerdotes, ciladas colocadas pelos fariseus. Na saída de Jericó, a multidão faz obstáculo à atenção de Jesus, procura fazer calar um mendigo cego. Felizmente, Jesus escuta o grito deste homem e pede aos seus próximos para serem o trampolim entre Ele e o doente: "Chamai-o!. .. Eu quero ter necessidade de vós". Então temos estas três palavras, as palavras da Igreja que tem por missão levar os homens a Cristo: "confiança ... não tenhas medo, Ele vai certamente fazer-te bem. Levanta-te ... Ele respeita demasiado a tua liberdade, faz tu mesmo o caminho. Ele chama-te ... é Ele que toma a iniciativa e, se Ele te chama, é para te salvar". Jesus não pede ao homem para se calar. Pelo contrário, dá-lhe a palavra, e esta palavra torna-se para Jesus ato de fé, uma fé que salva. O homem é de tal modo salvo que não somente vê, mas segue Jesus no caminho, tal é a sua dupla cura.

3. À ESCUTA DA PALAVRA.
A vista é a vida. A vista não tem preço. É o caminho do cego à procura de Jesus, da vista, da vida ... Filho de David, chama ele Jesus. Para os Judeus, só o Messias há tanto esperado podia ser assim chamado. Evocar David e a sua descendência era proclamar a fidelidade de Deus para com o seu povo. A multidão chamava a Jesus "Jesus de Nazaré". O cego chama Jesus "Filho de David". Reconhece em Jesus o Messias. O cego, na sua cegueira física, vê mais longe, mais profundamente, com o olhar interior da fé. Ele recuperou a luz exterior, mas é sobretudo a luz interior, a luz da fé, que vai iluminar o caminho da sua vida. Ele quer seguir e estar com aquele que disse: "Eu sou a Luz da Vida". E nós? Ficamo-nos muitas vezes pela superfície das coisas, num olhar superficial que nos faz passar ao lado da profundidade dos outros. Daí nascem os preconceitos, as tensões, as recusas. É o olhar da multidão sobre o cego: um mendigo sem interesse, que era necessário calar. Bartimeu recorda-nos que há um outro olhar, o olhar de Deus sobre nós, sobre os outros, sobre os acontecimentos. Cabe a nós perguntarmo-nos qual é o nosso verdadeiro olhar. "Senhor, faz que eu veja!".

4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE ...
"Que queres que te faça?", diz Jesus ao cego ... Não tenhamos medo, nós também, de dizer a Jesus: "que eu veja". A alegria de Cristo que nos ama é esta fé, esta confiança n'Ele. Não tenhamos medo de Lhe dizer a nossa fé e confiança, muitas vezes!


LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos e fazei que a celebração destes mistérios dê glória ao vosso nome. Por Nosso Senhor…

SANTO

Monição da Comunhão: Jesus que andou no Mundo, curando e salvando as pessoas, vem até nós na Sagrada Comunhão. Tomemos consciência desta realidade sublime, adorando-O e pedindo-Lhe bênçãos e graças.

Sl 19, 6
ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Celebramos, Senhor, a vossa salvação e glorificamos o vosso santo nome.

Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós, oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos realizem em nós o que significam, para alcançarmos um dia em plenitude o que celebramos nestes santos mistérios. Por Nosso Senhor…

RITOS FINAIS

Monição final: Aqui nos encontramos com o Senhor. Como é bom vivermos assim o Domingo! Agora vamos partir. Lá fora há tanto que fazer pelo Reino de Deus!… Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, acompanha-nos para permanecermos sempre firmes na Fé, cumprindo a missão que nos foi confiada.


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HOMILIAS FERIAIS

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30ª SEMANA

2ª Feira, 29-X: Comportamento de filhos de Deus.

Rom 8, 12-27 / Lc 13, 10-17
(Jesus): Mulher, estás livre da tua enfermidade… Ela endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus.

Esta mulher mal podia levantar os olhos para o alto (Ev). Graças à intervenção de Jesus endireitou-se. Também nós, se vivemos apenas segundo as tendências da natureza morreremos (Leit). Mas recebemos o Espírito Santo, que nos elevou à dignidade de filhos de Deus e podemos ‘olhar para o céu’, falar com Deus, esperar pela herança de vida eterna prometida. Comportemo-nos sempre como bons filhos de Deus.

3ª Feira, 30-X: Pequenos começos, grandes frutos.

Rom 8, 18-25 / Lc 13, 18-21
(O reino de Deus) é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e meteu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.

O fermento e o grão de mostarda são de reduzidas dimensões, mas dão origem a grandes coisas (Ev). Também os sofrimentos do tempo atual nada são em comparação com a glória que receberemos (Leit). Aceitemo-los com amor. Do mesmo modo, para a transformação do mundo, as criaturas estão à espera de verem o comportamento dos filhos de Deus. A nossa salvação depende igualmente da virtude da esperança (Leit).

4ª Feira, 31-X: S. Simão e S. Judas: Alicerces da Igreja.

Ef 2, 19-22 / Lc 6, 12-19
Ao romper do dia, chamou os seus discípulos e escolheu doze entre eles, a quem chamou Apóstolos.

Depois de uma noite em oração, Jesus escolheu os doze, entre os quais se contam S. Simão e S. Judas (Ev). A Igreja apóia-se em Cristo, pedra angular, e tem como alicerces os Apóstolos. E cada um de nós é integrado nesta construção (Leit). Para isso, contamos com a presença de Deus nas nossas vidas: «somos habitação de Deus». O nosso comportamento deve ser o próprio das «pessoas da casa de Deus» (Leit), isto é, uma imitação do próprio Cristo, Filho de Deus.

5ª Feira, 1-XI: Para melhor corresponder ao amor de Deus.

Rom 8, 31-39 / Lc 13, 31-35
Deus não poupou o seu próprio Filho, entregou-o para morrer por todos nós.

Deus não se cansa de nos ajudar e de nos perdoar: Cristo morreu por todos nós (Leit). E a nossa resposta é de não correspondência a tanto amor: «Mas vós não quisestes!» (Ev). Temos abundantes meios para corresponder melhor aos pedidos de Deus, porque «estou persuadido que nem a morte, nem a vida, poderão separar-nos do amor de Deus» (Leit). E temos sempre Deus do nosso lado: «Se temos Deus por nós, quem poderia estar contra nós» (Leit).

6ª Feira, 2-XI: Como fazemos sofrer Deus?

Rom 9, 1-5 / Lc 14, 1-6
Sinto grande mágoa e contínua dor no meu coração.

O Apóstolo sente grande pena pelo comportamento dos seus irmãos na fé (Leit). A mesma mágoa sente Jesus pela dureza do coração dos fariseus, escandalizados por uma cura ao Sábado (Ev). Que mágoa sentirá o Senhor no nosso comportamento em relação a Ele: encontros, comunhões, sacrifícios? E em relação à nossa atividade como cidadãos? Damos bom testemunho, através do exemplo e das palavras com que ajudamos o próximo?

Sábado, 3-XI: Os frutos da humildade.

Rom 11, 1-2. 11-12. 25-29 / Lc 14, 1. 7-11
Pois todo aquele que se eleva será humilhado, e o que se humilha será elevado.

Noutra passagem da Escritura lemos uma verdade semelhante: Deus resiste aos soberbos e dá a sua graça aos humildes. A História da humanidade está resumida nestas palavras: pela soberba dos nossos primeiros pais, entrou o pecado no mundo; e pela humildade de Nossa Senhora e de Cristo entrou a salvação. A humildade esvazia o nosso interior do egoísmo, da soberba, e pode encher-se do amor de Deus e do amor ao próximo. A humildade é a base do espírito de serviço ao próximo.

Celebração e Homilia: AURÉLIO ARAÚJO RIBEIRO
Nota Exegética: GERALDO MORUJÃO
Homilias Feriais: NUNO ROMÃO
Sugestão Musical: DUARTE NUNO ROCHA

UNIDOS PELA PALAVRA DE DEUS
PROPOSTA PARA ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 - 1800-129 LISBOA - Portugal
Tel. 218540900 - Fax: 218540909
portugal@dehonianos.org - www.dehonianos.pt


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CAMPANHA DA VELA VIRTUAL DO SANTUÁRIO DE APARECIDA


CLIQUE AQUI, acenda uma vela virtual, faça seu pedido e agradecimento a Nossa Senhora Aparecida pela sagrada intercessão em nossas vidas!



QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Oh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem!

Graças e louvores se dê a todo momento:
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

Mensagem:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará!"
"O bem mais precioso que temos é o dia de hoje!    Este é o dia que nos fez o Senhor Deus!  Regozijemo-nos e alegremo-nos nele!".

( Salmos )

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